domingo, 6 de janeiro de 2013

Bento Domingues: "Presépio aberto"



Grande texto de Bento Domingues no “Publico” de hoje. Vale mais que muitos livros sobre o Natal e o presépio.

A banalização ou a ocultação dos presépios escondem as teologias das construções literárias do presépio dos evangelhos de S. Mateus e de S. Lucas. Reflectem, ambos, um debate interno ao próprio judaísmo. As primeiras gerações dos discípulos de Jesus eram formadas por mulheres e homens judeus que desejavam abrir por dentro o próprio judaísmo. O presépio reflecte o que se passou na vida adulta de Jesus e na construção das comunidades com a presença do mundo pagão. 
Jesus não nasce na cidade de Jerusalém, centro do poder político e religioso. Os pastores representam, precisamente, os que não frequentavam o culto oficial e são os primeiros a chegar ao presépio. Os Magos passam por Jerusalém, mas não ficam lá. A estrela desloca-os para a periferia, significando que se trata não de um fenómeno astronómico, mas teológico. Se os judeus da religião ortodoxa não reconhecem Jesus, os Magos, pagãos, procuram-no. Jesus, com Maria e José, depois da viagem pelo Egipto, não vão morar no templo. Vão trabalhar para Nazaré, no meio de toda a gente. O presépio realiza, em miniatura, o que foi a revelação de Jesus na sua vida adulta: Deus anda à solta e faz a sua morada, o seu templo, onde menos se espera e faz família com quem não é da família.

E mais este bónus, a pequena história que revela muito:
Não se esqueça que L'Osservatore Romano, no dia seguinte ao anúncio do Concílio, feito por João XXIII, ocultou essa notícia, a mais importante no campo religioso do século XX e quando já ocupava a primeira página da imprensa mundial. Foi um boicote falhado, mas indicava que o presépio do mundo em mudança, com as suas alegrias e tristezas, não fazia parte da Cúria Vaticana.

Esclarecimento às 11:52. Um leitor informa que a quando do anúncio do Concílio, que foi 25 de janeiro de 1959, o jornal da Santa Sé não era diário. Tinha saído no próprio dia (acrescento que não fazia sentido antecipar na imprensa o anúncio papal) e deu destaque no número seguinte. Ver comentários.

51 comentários:

Anónimo disse...

É triste este esforço de tentativa de realizar "teorias da conspiração" acerca do L'Osservatore Romano. Por dois motivos: ao tempo o dito jornal não era diário e tinha saído um número no dia do anúncio, donde no dia seguinte não sairia nenhum número. Segundo: o anúncio foi feito no número seguinte com pompa e circunstância. Qual o motivo destas mentiras? Ah, pois: vêm de quem disse que a celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II partiram do "Nós Somos Igreja". Está tudo dito.

Jorge Pires Ferreira disse...

Se o que afirma é verdade, há, de facto, erro ou mentira no texto de Bento Domingues. Muito obrigado pelo esclarecimento.

Anónimo disse...

Estive a ver nos arquivos aqui do seminário e está lá, no primeiro número após o anúncio pontifício: "Eventi di portata storica per la vita della Chiesa annunciati da Sua Santità". É, de facto, esta a Igreja que quer frei Bento? Um Igreja odiada e feita odiar através de mentiras?

Anónimo disse...

Nunca compreendi o que quer frei Bento com tantas e tantas mentiras, mais ainda num tempo como o nosso em que as mesmas são facilmente detectáveis e denunciáveis. É triste, assim e ainda mais, a idolatria que lhe prestam.

Anónimo disse...

Não creio que esteja a mentir deliberadamente. Apenas está a veicular mais um mito oferecido pelo "Nós somos Igreja".

Peter disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Peter disse...

Errata:

…. e só então passadas seis semanas é que aparece o anúncio completo na Acta Apostolicae Sedis e não no L’Osservatore Romano como havia dito…! Peço desculpa pela distracção!

Peter disse...

Houve um erro da minha parte e por isso volto a repor o meu comentário já corrigido! Peço que ignorem o anterior p.f. e desculpem!

Procurando abrir mais pontes ao tema, deixo aqui um doc.pdf com algumas explicações do que aconteceu e as razões que levaram ao “atraso” na publicação, etc … Parece que a notícia do anúncio do Papa foi dada logo no dia seguinte, no L’ Osservatore Romano mas sem detalhes! Só então passadas seis semanas é que aparece o discurso do anúncio completo e comentado mas não neste jornal e sim na Acta Apostolicae Sedis, 51 (1959)…!

FONTES:

https://docs.google.com/open?id=0B9NYHdRmfMfZTk16QmtVM3NqUzQ

Anónimo disse...

Peter: sabe qual a periodicidade do "Acta Apostolicae Sedis"? E sabe o que é isso? E acha que se compara a um jornal? A questão é que frei Bento mentiu! No primeiro número do "L’Osservatore Romano" a seguir ao anúncio está lá, bem patente, a referência ao anúncio. Ponto. E como é que quer que, num dia, possa surgir uma análise detalhada sobre um evento inesperado?

Anónimo disse...

Tem sido lamentável observar a deriva intelectual de Bento Rodrigues para paladino do "Nós somos Igreja". Mas não é de admirar: eles (elas) apaparicam-no e fazem passar, aos seus ouvidos já idosos, a sua mensagem para o mesmo a veicular nos púlpitos mediáticos a que tem acesso.

Peter disse...

Anónimo 10:23 a.m. – não subestime as pessoas pf. E apenas limitei-me aqui a partilhar mais alguma informação a partir des dados externos sobre o tema que não se reduz a um “Ponto” com que o caro parece querer rematar a questão. Vamos lá a tentar alargar a discussão sem cair em reducionismos! E parece-me aqui que o “ocultou” que Frei Bento escreve naquela frase, não se reduz a algo que alguns apelidam de “mentira”…! O que ele expõe na sua crónica é muito mais profundo e “destapa” de certa forma aquilo que ali está implícito!


Caro Anónimo, não sou hermético nem de interpretações cegas, estou aberto a escutar as opiniões de outros, mas é inegável e não deixa de ser muito estranho, mesmo para os mais desatento e desinformados, um acontecimento de tal importância ter sido abordado apenas numa pequena “referência” no L’Osservatore Romano!

Anónimo disse...

Peter. Frei bento diz: «L'Osservatore Romano, no dia seguinte ao anúncio do Concílio, feito por João XXIII, ocultou essa notícia». É isto verdade? Não, não é. Dê-se as voltas que se der, não é verdade. É mentira? É erro? Não acedo à sua consciência para o saber. Mas, Peter, se não quer ser ser subestimado, diga-nos: o que é a "Acta Apostolicae Sedis" e a sua periodicidade actual e à époica do anúncio. A medida da sua intervenção será ponderada a partir do que sabe. Uma criança a dizer que entre o 1 e o 2 não há qualquer número, não está errada. Mas se um académico da área das matemáticas disser o mesmo é totalmente desacreditado. Não quer ser subestimado, não dê razão para isso. E que quer dizer com "pequena referência"? Já teve nas mãos um qualquer "L'Osservatore Romano" da época? Quer dizer como é que, em comparação ao que era a prática habitual em um qualquer número do mesmo, o detalhe que é dado ao anúncio pode ser encarado como "pequena referência"?

Fernando disse...

Talvez "mentira" seja demasiado. Mas o dizer algo de modo a sugerir, pela equivocidade da linguagem utilizada, algo que demonize a Igreja é, de si, lamentável. Já estimei mais Bento Domingues.

Anónimo disse...

Deixem o Frei Bento em paz. Cada um é livre de dizer o que quiser. As opiniões são como os umbigos: todos os temos. Frei Bento é carinhoso e atencioso com todos os que o procuram. Só isso é a prova de que nunca iria mentir.

Anália Pinto Magalhães

Peter disse...

Anónimo das 12:30 p.m. – pode guardar as suas “ponderações” … primeiro, porque este espaço não é nenhuma sala de faculdade nem me inscrevi em algum exame, já bastou quando me foi preciso para a faculdade! Segundo, embora tenha consciência das minhas capacidades que são limitadas certamente, não teria problema nenhum em “detalhar-lhe” o assunto, mas não vou entrar por aí, seria até ridículo…o termo fala bem por si mesmo, a tal dita “REFERENCIA” que significa:

“…menção, alusão vaga, insinuação; nota inserida num documento..ect…”
In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.

Por outro lado, quem está aqui a “demonizar” como refere o comentador Fernando, são aqueles que agem perante Frei Bento como alguém que pelas opiniões e ligações que todos sabemos, é rejeitado logo à partida… bem ao estilo daquele a quem oferecemos uma garrafa de um vinho de grande qualidade, mas como mudámos o rótulo à garrafa (sem o outro saber), e que não tem a ver com os gostos e sabores do outro lado, é rejeitado imediatamente, sem mesmo se darem sequer ao cuidado de ao menos provar-lhe o sabor! Infelizmente, constato por estes lugares já há muito tempo que mesmo que o homem diga alguma verdade, o rótulo vale e pesa sempre mais que a pessoa e o seu conteúdo!

Certamente que não concordo com tudo o que diz Frei Bento e neste caso concreto até reconheço que foi “infeliz” na tal frase… até porque deixou espaço aberto a todo o tipo de interpretações, não só dos "menos formados e informados", mas sobretudo para aqueles que tem a capacidade de manejar bem as dialécticas filosóficas e afins... e que mesmo negando-o, são os que sempre estiveram contra o caminho que empreendeu o Vaticano II!

De facto Frei Bento até não está totalmente "inocente", ( e quem está...!).. tenha sido erro propositado ou não, mas olhe que os que o condenam assim tanto, reflectem bem uma tremenda incapacidade de dialogar... lamento dizer-lho… e quando opinam sobre o outro lado, mais parecem estar no meio de um duelo…! Haja paciência e muita humildade...!

Peter disse...

Esclarecimento:

Quando dizia: (…mas sobretudo para aqueles que tem a capacidade de manejar bem as dialécticas filosóficas e afins... e que mesmo negando-o, são os que sempre estiveram contra o caminho que empreendeu o Vaticano II!)

… referia-me certamente a alguns intervenientes (neste espaço concreto e outros na net e não só)… onde tais elementos criticam e por vezes com numa violência as intervenções e até a própria pessoa de Frei Bento!

Anónimo disse...

Claro. Que diálogo pode haver quando se começa com algo que não é verdade? E sabe, Peter, se o senhor soubesse o que era a periodicidade da "Acta Apostolicae Sedis", não tinha dito o que disse: «Só então passadas seis semanas é que aparece o discurso do anúncio completo e comentado mas não neste jornal e sim na Acta Apostolicae Sedis, 51 (1959)…!» Repare-se no ponto de exclamação final que não pode significar outra coisa do que "espante-se para o atraso". Mas disse, donde denota desconhecimento para poder entrar por considerações rigorosas sobre este assunto. Seja franco: admitir a sua ignorância não é dramático: é mesmo um sinal de profunda humildade amorosa. Mais nada.Frei Bento ou mentiu, ou errou. Se, sabendo que não era verdade, disse o que disse, mentiu e é feio. Se, não o sabendo, disse o que disse, errou e devia ter-se informado melhor. Mas vou mais na linha, e com todo o respeito para o Fernando e a Anália (desde quando a bondade é sinal de que uma pessoa não pode mentir?), de quem disse que o mesmo apenas está a veicular o que lhe sopram ao ouvido para dizer.

Anónimo disse...

Frei Bento no seu melhor: a agitar as águas para continuar no centro das atenções.

Anónimo disse...

Outro que vai aparecer, inevitavelmente, no

Inimigo eclesial

Anónimo disse...

Vamos lá a ver uma coisa. Frei Bento diz que no dia seguinte ao anúncio, o jornal do Vaticano não o noticiou. É isto verdade? É, pois no dia seguinte não houve jornal do Vaticano que pudesse fazer tal anúncio. Não vejo, pois, onde está a minha mentira.

Associação Amigos Frei Bento Domingues disse...

Não se metam com Frei Bento. Ele merece todo o nosso apoio. Quem estiver farto de ver Frei Bento a ser atacado por tudo e por nada, faça-se sócio da Associação dos Amigos de Frei Bento Domingues. Contacte-nos através de

aafreibentodomingues@gmail.com

Peter disse...

Anónimo das 3:29 p.m. - não me vai dizer que tiveram que esperar pela publicação da “Acta Apostolicae Sedis” porque não estava prevista mais nenhuma publicação do L'Osservatore Romano nesse período de tempo (seis semanas) ou talvez, quem sabe, já não haveria espaço para publicar e desenvolver o tema! Pf. agora quem lhe pede para ser rigoroso na sua análise sou eu! E quem de bom senso não se “espantaria” com tal “pormenor”… bom, de pormenor nada mesmo meu caro senão não estaríamos aqui a “perder” tempo com o tema!

Sobre as ignorâncias…

Ignorância. do latim “ignorantia”, o prefixo “in”, unido ao radical grego “gnos” = conhecimento, que etimologicamente significa, ausência de conhecimento.

Meu caro Anónimo, “dramático” sim é não admitir tal condição… mais ainda mais dramático se torna para uma relação de diálogos, quando um dos lados admite, mesmo que subtilmente, que já sabe e conhece tudo… mesmo que tal afirmação chegue até aos nossos ouvidos em forma de “sopros”..!

E para o anunciante de “associações das 4:18 p.m.. (provavelmente deve ser pago ao anúncio certamente…!)… a minha única associação é com Deus e a sua Verdade… mas pena é não existirem mais uma quantos Frei Bentos na Igreja para ver se as coisas andavam mais ligeiras e libertas de tanta poeira e calcário religioso que não deixa fluir com abundância suficiente o caudal das águas da Graça!

Anónimo disse...

Peter, Peter, Peter. Mais uma vez: se soubesse o que é a “Acta Apostolicae Sedis” não teria escrito «porque não estava prevista mais nenhuma publicação do L'Osservatore Romano nesse período de tempo (seis semanas)». É a mesma coisa do que dizer: "mas então teve-se que esperar pelo Diário da República para se ler o orçamento? o mesmo não podia ser publicado pelo jornal do PSD ou de CDS?" Seja honesto: não sabe do que está a falar. Isso é compreensível. Então não fale.

Peter disse...

Vamos lá a ver se nos entendemos! A “Acta Apostolicae Sedis” é (uma espécie de Diário da República da Santa Sé), e o L'Osservatore Romano um outro jornal oficial do Vaticano! Mas isso impedia em alguma coisa que se desenvolvesse mais o assunto no L'Osservatore Romano, nem que fossem nas publicações posteriores ao anúncio do Papa, em vez de se ficarem apenas por uma “referência”… é que não estamos aqui a falar de um qualquer assunto doméstico dos corredores do Vaticano meu caro, tratava-se de algo que iria ter as repercussões que teve para a vida da Igreja…! Só porque se devia “oficializar” não era impedimento para desenvolver e informar o exterior do que se tratava… repare que até serviria como atenuador da pressão que se gerou certamente na Igreja no exterior, ou vai-me dizer que o tema não caiu logo no domínio público! Então porquê esse silêncio todo! Ou o assunto era tabu! Ele quer me parecer que outra coisa fiava ali mais fino…! Eu imagino… deve ter sido tal o choque inicial nos cardeais que aquilo foi logo pânico pela certa e ainda por cima perante a tenacidade desse bom Papa…bem o ES tem destas “fintas”..risos! Meu caro, eu até compreendo a “desorientação” naqueles primeiros dias, e por isso não estranho nada que se cometessem erros no meio de tanta pressão! Anónimo, afinal qual é o problema em assumir isto! Ou vamos ter também que esperar séculos para se reconhecer que houve ali erro!

Anónimo disse...

Peter: o L'Osservatore Romano não é o jornal oficial do Vaticano. Capice?

Anónimo disse...

E desde quando é que apenas uma pequena referência saiu no L'Osservatore Romano até que na “Acta Apostolicae Sedis” tenha saído o texto completo? A referência primeira, perfeitamente normal na sua extensão e até mais do que era comum, ao anúncio saiu logo no primeiro número do L'Osservatore Romano. Mas entre esta e aquela transcrição integral do texto na Acta Apostolicae Sedis, diversos outros textos foram saindo no L'Osservatore Romano. Mas imagino que não o saiba e que, por isso, perpetua-se no disparate. Cresça, homem!

Anónimo disse...

Quem é que disse que o L'Osservatore Romano é o jornal oficial do Vaticano? Um jornalista português totalmente ignorante em temas religiosos? Só pode.

Peter disse...

Ai não é, então o que é o L'Osservatore Romano? Será alguma revista do glamour das modas vaticanistas!

E já agora meu caro quando disse:

…porque não estava prevista mais nenhuma publicação do L'Osservatore Romano nesse período de tempo (seis semanas)..

.. que referir-me a alguma publicação mais alargada e detalhada do tema nas edições posteriores ao anúncio que compreende o período que mediou entre a primeira publicação que tem a tal referencia até terminarem (as 6 semanas)… até sair na Actas…

Anónimo disse...

Peter, Peter, Peter: o "L'Osservatore Romano" não é o jornal oficial do Vaticano. Informe-se melhor e veja a sua natureza concreta. Claro que é um erro comum (como falar em Banco do Vaticano, quando não há banco algum do Vaticano), mas não deixa de ser um erro. Mas deixemos isso de lado e vamos ao essencial: quanto ao seu desafio, uso as suas palavras: «não vou entrar por aí, seria até ridículo». Faça o trabalho de casa antes de querer vir para aqui tecer comentários sobre o que não sabe.

Peter disse...

Caro Anónimo 7:08 p.m. - o seu último comentário diz tudo…! Encerro pois da minha parte o tema, porque isto de mastigar sobre o mastigado já era! Então, “o "L'Osservatore Romano" não é o jornal oficial do Vaticano.” …”(como falar em Banco do Vaticano, quando não há banco algum do Vaticano)”..! Olhe, meu caro, já agora, para completar o enredo, a Basílica de S. Pedro é uma miragem… quem sabe, aquilo só está ali porque umas crianças alienígenas se esqueceram de a levar conjuntamente com toda a tralha dos brinquedos com que andaram por aqui a entreter-se na sua passagem pelo planeta!

Anónimo disse...

Peter, não quero meter-me no debate que tem mantido, mas o senhor manifesta, de facto, uma profunda ignorância. Não fica bem querer criticar quem quer que seja a partir de um desconhecimento dos temas. Creio mesmo que isso foi aqui pedido pelo responsável deste blog. Mas talvez possa dar uma ajuda a esclarecer a verdade. 4 dias após o anúncio, lê-se no jornal sem-oficial do Vaticano um longo texto com o título:

«L'annuncio che rallegrò il mondo e commossò la Chiesa»

Anónimo disse...

Não me esqueci ainda do que li neste blog e copiei para a minha base de dados:

«De qualquer modo é importante que fique bem claro que o IOR não é um banco, mas mais uma fundação de circulação de verbas: a) não possui contas noutros bancos; b) não pode usar o dinheiro que está lá para fazer aumentar o seu crédito; c) é uma entidade pública e não privada; d) não possui reservas; e) não faz empréstimos; f) é uma entidade sem fins lucrativos».

Priscilla disse...

Não sei se ajuda,mas aqui vai:
"L'Osservatore Romano (em português O Observador Romano) é o periódico semioficial da Santa Sé. Faz a cobertura de todas as atividades públicas do Papa, publica editoriais escritos por membros importantes do clero da Igreja Católica e imprime documentos oficiais depois de autorizados. Seus lemas são: unicuique suum (a cada um o seu) e no praevalebunt ("Os portões do Inferno" não prevalecerão) os quais estão impressos sob o título na primeira página."
In Wikipedia

Semi oficial já diz muito ,creio.

Anónimo disse...

Para quem gosta de dicionários:

semi: em metade; pela metade; não completamente.

Mesmo desconfiando da Wiki, dá para ver, desde logo, que "semi-oficial" não é sinónimo de "oficial". Mas acredito que ainda para cá virão dizer que é. Esperemos.

Anónimo disse...

Anónimo das 10:23 a.m.: onde é que está (em que post) o que transcreveu? Parece um esclarecimento decisivo que lamento nunca ter lido em lado nenhum.

Américo Mendes

Anónimo disse...

Américo:
não lho sei dizer. Tenho esse texto num documento do Word com a indicação de o ter copiado deste blog, mas talvez possa fazer uma busca.

Priscilla disse...

Quanto à importância do "Osservatore Romano",em sede de papado, pode ler-se,com proveito, o que dele consta no site oficial da Santa Sé.


http://www.vatican.va/news_services/or/history/hi_por.html

Priscilla disse...

O "Istituto per le Opere di Religione" (IOR) consta do post desta Tribo de 11 de Junho de 2012.


Bom haver um motor de busca no topo da página.Obrigada,Jorge e Bom Ano, bem como a todos/as.

Priscilla disse...

DEvo completar dizendo q a informação consta em comentários.

um irmão. disse...

Anónimo das 19:19 a.m – podia facultar-nos o nº desse jornal por favor onde está esse texto que refere: “L'annuncio che rallegrò il mondo e commossò la Chiesa”…!

Quanto ao termo-classificação do “semi-oficial”, deixo aqui alguma informação de forma a esclarecer melhor essa questão:

“Com a "Breccia di Porta Pia" (20 de Setembro de 1870), L'Osservatore Romano de órgão "semi-oficial" do Estado Pontifício tornou-se um jornal de oposição, no interno do jovem e ampliado Reino da Itália. Após cerca de um mês de suspensão, o jornal retomou as publicações no dia 17 de Outubro. Naquela ocasião publicou na primeira página uma declaração de obediência ao Papa e de total dedicação às suas directrizes, reafirmando que ele permaneceria fiel "àquele imutável princípio de religião e de moral, do qual reconhece como único depositário e víndice o Vigário de Jesus Cristo na terra". No clima particularmente candente daqueles anos, o jornal foi várias vezes sequestrado. Mas nada impediu aos redactores de retomar a sua batalha de fé e de ideias. Antes, imediatamente L'Osservatore Romano começou a substituir-se ao Giornale di Roma, o órgão oficial do Estado Pontifício, na comunicação de notícias oficiais a respeito da Igreja. Isto aconteceu de maneira mais evidente sob o Pontificado de Leão XIII, que adquiriu a propriedade do jornal e, a partir de 1885, o tornou o órgão de informação da Santa Sé. “

È lógico que se já existia e existe um jornal principal e oficial da santa Sé, a “Acta Apostolicae Sedis” que é uma espécie de “Diário da República da Santa Sé”, certamente que não se vai fazer dobragens de jornais oficiais no que se refere aos objectivos claros da Acta que são completamente diferentes do L'Osservatore Romano, mas nem por isso deixa de ser um órgão também oficial da Santa Sé… mesmo que seja em 2º plano e que está implícito nesse semi-oficial… ou como lhe queiram chamar... !

Cara Priscilla 10:35 a.m. -quanto à informação e à fiabilidade dessas fontes que usa, seria bom que lê-se este artigo de um dos fundadores da própria Wikipedia:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u21947.shtml

Não estou a dizer que a informação que partilhou está errada, mas certamente não está completa e não aborda a questão totalmente!

um irmão. disse...

Esqueci de colocar as fontes das origens de "L'Osservatore Romano" onde repesquei esses dados que transcrevi:

http://www.vatican.va/news_services/or/history/hi_por.html


Sempre são mais fiáveis que a Wikipedia não acha Priscilla!

Maria-Portugal disse...

Por isso completei com a informação da Santa Sé...não lhe parece, caro peregrino ex Peter ??

Anónimo disse...

Não disse? Para muita gente "oficial" e "semi-oficial" são sinónimos. É como dizer que o Amarelo e o Verde (semi-amarelo e semi-azul) são a mesma coisa. Enfim... há de tudo neste mundo. Em vez de aprenderem para serem melhores, chafurdam alegremente na própria ignorância. Mas obrigado, de qualquer modo, pelas indicações.

Peter disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Claro que quem se alegra com as consequências das tropelias de Frei Bento é mesmo o autor deste blog (um abraço para ele) que, dessa forma, vê as estatísticas de consulta ao mesmo dispararem astronomicamente.

Anónimo disse...

Resumindo: "Semi-oficial ou oficial é, para um ilustre iluminado, a mesma coisa". Em vez de reconhecer o seu erro e passar à frente pedindo perdão pela ironia falhada, não. Fica-se pelo erro. Apenas mais um em catadupa.

Peter disse...

Sim assinei com a conta de Peregrino, obrigado pela chamada de atenção.. o cansaço....
Grato sim Maria

Já agora... é interessante o pormenor nessa transcrição que apontei… 1º diz “L'Osservatore Romano de órgão "semi-oficial" do Estado Pontifício” e depois já no fim dess trecho diz: “sob o Pontificado de Leão XIII, que adquiriu a propriedade do jornal e, a partir de 1885, o tornou o órgão de informação da Santa Sé.”


Um detalhe interessante… “órgão de informação da Santa Sé”…

...bom, fiquemos então com o semi-oficial, não será certamente por causa disso que as verdades que ali se vivem e se comunicam para o exterior passam a ser menos oficiais… ou umas espécies de verdades a meio termo…!

Anónimo disse...

“órgão de informação da Santa Sé”? E depois, onde está o oficial? Não era essa a questão derivada? Toda a questão que levou um "santo" Peter que é um "Peregrino" mascarado a gozar, com quem o alertou para a imprecisão ignorante, perguntando se ele era uma «revista do glamour das modas vaticanistas»? E onde está o reconhecimento do erro acerca do "banco" do Vaticano? Ou que antes da "AAS" o L'OR publicou outros textos sobre o anúncio do Concílio? Nada de nada. Mas a questão de fundo permanece: Frei Bento ou mentiu ou era ignorante para falar do que falou. EM ambos os casos, devia ter estado calado em vez de alimentar mais ódio à Igreja.

Anónimo disse...

Pronto. Calem-se todos acerca dos bancos, jornais e afins. Frei Bento errou ou mentiu. Mas nada. Virem a página, por favor.

Jorge Pires Ferreira disse...

Anónimo das 2:59

para que as estatísticas subam em flecha, não basta pôr os textos de Bento Domingues. O melhor é falar do diabo ou da ordenação das mulheres porque aparece logo o bando dos demoniofílicos e a torcida anti-ordenação das mulheres. Alguns, aliás, jogam simultaneamente nestes dois campos.

Peter disse...

Um esclarecimento a que não em sinto “obrigado” mas que sinto ser necessário para algumas almas que ainda não conseguiram medir os espaços da liberdade onde se movem!
Peter é apenas um nick que senti necessidade de usar nestes espaços nada mais do que isso. Certamente que não é o meu nome, é um nick com muitas ligações do coração de “peregrino” nesta vida que sou e que se move no mesmo caminho que percorreu o Discípulo Pedro com quem me identifico muito.. não na santidade claro, mas no ser humano que foi… hoje seria impossível ter ascendido a Papa com os critérios que por ai se usam nas escolhas… mas isso é outro tema… também conheço bem esses caminhos infelizmente…e não foram poucos anos…!
Esse coração anónimo que por aqui navega e que se incomoda tanto com o meu nick poderia pf de parar com essas interpelações… não estou a pedir-lhe que aceite mas pelo menos respeite… e já agora, fui sempre livre e não tenho necessidade de esconder-me ou “mascarar-me” percebeu… ou precisa que lhe coloque aqui o meu cartão de cidadão! Se isso lhe dá paz e se precisa mesmo diga-mo…

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