O "Correio da Manhã" de ontem, domingo, trazia o essencial do encontro mundial das famílias, em Milão: a entrega da camisola do Milan ao Papa. Uma lacuna grave, visto que o Inter também lá esteve.
Mas em matéria de futebol, Bento XVI, que nunca foi lá grande apreciador de qualquer desporto, deve ter ficado triste com a derrota do principal clube da sua Baviera natal. Do mal o menos, a principal figura da final da Champions foi o católico Drogba, que até fez o sinal da cruz quando marcou os dois golos.
Drogba disse mais tarde, marcando um golo no Vaticano (li aqui):
"Fue el destino. Creo en el destino. Rezo mucho. Estaba escrito hace tiempo. Dios es maravilloso. Este equipo es increíble".E o Vaticano agradeceu pela voz do padre Lixey:
"El Vaticano y el Santo Padre siempre están interesados en los atletas ya que son modelo para otros.O padre Lixey afirmou depois que ainda que não haja "correlación entre la victoria y las oraciones", parece que os desportistas cristãos têm mais oportunidade de "dar más a otros en el equipo y pueden llevarse mejor con sus compañeros".Si le agradecen a Dios por sus talentos, es bueno que los jóvenes admiren a estos buenos deportistas".
Ficou salva assim a responsabilidade divina nos resultados do próximo Euro. De qualquer forma, é pouco provável que o troféu fuja de um país católico. Entre as catolicíssimas Espanha e Itália e as moderadas Holanda (33 por cento de católicos, segundo as estatísticas) e Alemanha (32 por cento de católicos), há de ficar. A anglicana Inglaterra? Poucas hipóteses. A Polónia wojtiliana? Pode beneficiar do fator casa. Se ganhar a ortodoxa Grécia, não há problema, o treinador é o católico convicto Fernando Santos. E Portugal? Em relação a isso, sou muito ateu.
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