sexta-feira, 25 de maio de 2012

Banqueiro do Vaticano afastado


Veio no "Correio da Manhã" de hoje e em todos os jornais económicos. Mas é uma notícia de economia ou de religião? É também de religião porque o banco é do Vaticano. E o Papa é quem manda (alguns dizem que há uns anos que já não manda). E este banqueiro, professor de ética, diz-se que ligado ao Opus Dei, é coautor de um livro em que se analisa a última encíclica social de Bento XVI. Há tempos que estava sob suspeita.


11 comentários:

ruialme disse...

Também foi noticiado pela Agência Ecclesia: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=91077

Anónimo disse...

Como cristão, o que me espanta não é o que director do Banco tenha sido afastado. O que me espanta infinitamente é que o Vaticano tenha um Banco!

Anónimo disse...

Como cristão, o que me espanta não é que o director do Banco tenha sido afastado. O que me espanta infinitamente é que o Vaticano tenha um Banco!

Anónimo disse...

Não imaginam o dinheiro que é transferido por exemplo para os países de Missão. Semanalmente para os países lusófonos são quantias avultadas. Para quê um banco??? Em que mundo vive?

Anónimo disse...

Será que para transferir dinheiro para as missões é preciso ter um banco? Não bastará ir a um banco?

Anónimo disse...

Que tristeza. Se até Jesus tinha alguém com uma bolsa de dinheiro - alguém a quem amava e por quem era amado -, não há-de o Vaticano ter um banco? Se cada vez que o dinheiro enviado para (e de) Roma de modo a ajudar as igrejas espalhadas pelo mundo tivesse que pagar as altíssimas taxas para as transferências avultadas que acabam por ser realizadas, eram uns milhões de euros, todos os anos, que não chegavam a quem deles precisa. Mas é preciso saber se, de facto, há lavagem de capital.

Fernando d'Costa

Anónimo disse...

Deixem-se de tretas. Obviamente que há padres ou banqueiros que não idóneos. Mas porque raio é que a cidade do Vaticano não há-de ter um banco? Correios? Supermercado? Lojas? E até tem. Deixem de ser ridículos.

Anónimo disse...

Caro amigo: ridículo é quem chama ridículo a quem pensa diferente. É, desde logo, uma manifestação galopante de intolerância e, sobretudo, de uma posição débil. E depois? Que tem o facto de "haver padres ou banqueiros idónios" com o facto de, como disse, as regras comuns da actividade transacional de verbas entre titulares de contas bancárias para países distintos cobrarem valores exorbitantes? Penava que, sendo cristão, estaria mais preocupado com o bem que tais valores, a serem pagos, impediriam de fazer. Ou não sabe que o Banco do Vaticano não cobra senão os custos materiais das transferências e não taxas acrescidas? E que é, também, por isso que está debaixo da autoridade europeia para a concorrência? Seja mais sério e levar-se-á as suas posições mais a sério.

Fernando d'Costa

Anjo Caído disse...

Teologizem à vontade, que além das razões para o Vaticano ter um Banco ainda vão conseguir convencer-nos de que é aceitável também um bordel.
Por muito que pense no que Jesus teria para nos dizer acerca disto, não encontro nada, a não ser a separação Deus e dinheiro e o exemplo das primeiras comunidades. Para isso são precisos tantos milhões, tantos doutores e tanta mordomia? Não, é preciso mudar de vida. Estamos a ficar fartos de Padres economistas, gestores e empreiteiros, com todo o tempo para peditórios, taxas e côngruas mas sem tempo para a confissão.
Se calhar é porque têm de alimentar o tal Banco e não a fé.
Cada vez nos acho mais parecidos com a IURD...

Anónimo disse...

Recentemente aconteceu-me numa missa de domingo, pasmar de espanto. No momento do ofertório ouvi o celebrante dizer o seguinte:
"Espero que sejam generosos. Esta igreja só está a fazer uma média de 30 a 40 euros por semana, e isso é uma vergonha."
Instintivamente levei a mão ao bolso, não num gesto de generosidade e sim para proteger a carteira!

Jorge Pires Ferreira disse...

A discussão sobre o banco do Vaticano remete para o facto de ter e ser um Estado. E se historicamente precisou de ser Estado para a independência do Papa (e para a representatividade nas instâncias internacionais; e as concordatas que foram importantes para a liberdade dos católicos, etc.), hoje todos nos podemos questionar se o Estado (e o banco, os núncios, as visitas como chefe de Estado, as concordatas, etc.) não funcionam, em alguns casos, como contrassinais evangélicos. Se até von Balthasar sugeria a musealização do vaticano e a retirada do Papa para os subúrbios de Roma... não estava de certeza a querer um novo Estado nos subúrbios de Roma.

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