Para mim, a fé é uma maneira bem determinada de ver e
entender a minha vida. Quando alguém me diz que não consegue crer, que está
muito distante da fé, que ela não lhe diz nada, eu não tento transmitir-lhe nem
explicar-lhe as verdades da fé. Em vez disso, pergunto: Como vê a sua
vida? Como vê o mundo? E mostro, então, que ele tem uma determinada
interpretação da vida e do mundo como tal. A questão é: onde foi ele buscar o
direito para essa interpretação? Pois não está a falar simplesmente da
realidade, mas sim da sua interpretação da realidade. Queiramos ou não, nós interpretamos
sempre as vivências pelas quais passamos. A fé é para mim uma maneira bem
determinada de interpretar o mundo e tudo o que eu vivo e experimento no mundo.
Anselm Grun, Dimensões da Fé (ed. Vozes), pág. 33
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