Excerto de uma entrevista a Dolores Aleixandre, que é
religiosa do Sagrado Coração e pioneira dos estudos bíblicos e teológicos em
Espanha.
¿También te duele la situación de la mujer en la Iglesia actual?
Sí que me duele, pero, más que dolerme, estoy cansada. Tengo la impresión de que llevamos con el mismo discurso demasiado tiempo. Muy anclado, por una parte y por otra, en sus posturas. Hay un temor en la Conferencia Episcopal, como si cualquier mujer que defiende sus derechos estuviera reclamando la ordenación. Y no se trata de eso, sino de que el Evangelio empuja de abajo a arriba, porque habla de una comunidad circular en la que alguien tiene la presidencia, pero en la que todos somos hermanos y hermanas. Un día le pregunté al cardenal Rouco, en una conferencia en Santiago: "Don Antonio, si el matrimonio es indisoluble porque el Evangelio dice "lo que Dios ha unido, no lo separe el hombre", también dice el Evangelio: "No llaméis padre y madre, maestro ni señor, porque sólo hay un Padre". Y sin embargo tenemos la Iglesia llena de padres, abades y monseñores. ¿Es que es apócrifo este texto?
Me pregunto por qué tenemos tanto miedo al sueño circular y fraterno de Jesús y creo que tenemos mucha confusión entre autoridad y poder.
¿Es el poder, al final, la gran tentación de toda institución, también de la eclesiástica?
Pienso que sí y que forma parte de nuestro pecado original.
¿Ves alguna salida a corto plazo? ¿Un Concilio, la decisión de un Papa por la igualdad, contra el escándalo de que la Iglesia sea prácticamente la única institución a nivel internacional donde no se admita la presencia de la mujer en igualdad de condiciones?
Hay una novela que me ha gustado muchísimo y recomiendo: se llama Vaticano 2035. El autor, Pietro di Paoli, parece que es un pseudónimo, y hay quien piensa, por lo bien que conoce la Iglesia, que es alguien de la Curia. Es una novela llena de amor a la Iglesia pero haciendo propuestas diferentes. En ella, Benedicto XVI dimite al llegar a los 80 años y uno de los papas que le suceden es un viudo con dos hijas y ha sido premio Nobel de la paz por haberla conseguido entre israelíes y palestinos. Y lo primero que hace cuando accede al papado es nombrar cardenales a algunas mujeres: una teóloga feminista para la Congregación para la Doctrina de la Fe y una monja de la madre Teresa, que está en Calcuta de médico, para todo lo que es Caritas en la Iglesia . Mientras leía el libro, iba asintiendo internamente: "Son cosas normales". Y al acabarlo pensaba ¡pero si lo raro es lo otro! Raro es lo que ahora estamos viviendo.Ler tudo aqui.
21 comentários:
Palavras sábias !
Há a esperança de que o Espirito Santo, mudará inexoravelmente a condição da mulher na Igreja!
HDias
Caro Jorge,
O título do post faz justiça às palavras sábias contidas nele.
São quimeras, outros impérios...
Mas fale-nos mais do clima de medo... O que é esse clima de medo? Medo de quê?
Fale-nos mais das estruturas de pecado da Igreja... Quais são? Como funcionam?
E fale também do que é que falta... O que é que realmente faz falta à nossa Igreja? O que é preciso fazer?
P. Campos
O eterno desejo de poder...
Dolores Aleixandre ou Papa João Paulo II, em qual dos dois confiar?
"pioneira dos estudos bíblicos e teológicos em Espanha"... isto só pode ser verdade se com "pioneira" se referir o género feminino, mas mesmo assim...
Caro João, você não deixa passar uma...
"Dolores Aleixandre ou João Paulo II ?", pergunta você, na sua disjuntiva cheia de dramatismo...
E se colocassemos a nossa confiança mais alto ? Em Deus, só por exemplo...
A disjuntiva do João, identificada pelo anónimo nas 2:31 é típica de uma escola de pensamento que vem Chesterton e tem imitadores em Portugal num economista contista - que até gosto de ler às segundas no DN - e em alguns clérigos que falam bem mas não escrevem, porque uma coisa é a oratória, outra é a palavra fixa no papel.
Mas atenção que este tipo de disjuntivas - e a linguagem dos paradoxo tão típica de todos eles - é pouco libertadora e ainda menos criadora de comunhão. Usá-la com propriedade é típico dos sofistas.
Em certos contextos pode criar diversão. É boa para provocar, mas não se pode abusar dela num diálogo.
Anónimo, na prática voltamos ao mesmo: Deus fala consigo pessoalmente? Parabéns! Que grande graça, quem me dera! O Jorge também faz parte desses eleitos.
Eu sou daqueles desgraçados que depende de terceiros para conhecer Jesus e o que disse.
Se oiço duas pessoas a defender ideias contraditórias tenho de tentar perceber quem tem razão. O Papa João Paulo II, com toda o seu conhecimento e santidade, que na minha modesta opinião deixa esta senhora a léguas de distância fundamenta o que diz de forma que me faz todo o sentido.
Mesmo que não fizesse, eu tinha de ter noção que estaria a trocar a autoridade do Papa, e o que Jesus me prometeu que fundou nele, por uma senhora que não conheço, e que aparentemente não tem nenhum mandato de Deus para fazer doutrina.
Posso parecer infantil, mas prefiro confiar no meu pai.
Para o "desgraçado" do João, apesar de amado, nem os papas se enganam (para que é que João Paulo II pediu dezenas de vezes perdão pelos erros da Igreja, geralmente do papado?), nem a Igreja muda e evolui, nem o que os cristãos pensam serve para nada. É uma visão muito fraquinha do que é ser Igreja. Fraquinha, intolerante e profundamente errada. Mas olhe que estou a falar da sua visão. Não de si, que não o conheço.
Amigo Jorge, ou não sabe do que fala ou está propositadamente a fingir que não sabe.
Quando é que o Papa João Paulo II pediu desculpas dezenas de vezes (nada exagerado) pela doutrina da Igreja? Quando é que desmentiu a doutrina dos outros Papas? A resposta é: nunca!
O sacerdócio reservado aos homens é doutrina. O Papa João Paulo II disse que a Igreja não tinha o poder para o mudar, porque o tinha recebido directamente de Nosso Senhor.
Se quiser continuar a ter sonhos fantasiosos esteja à vontade, limitei-me a tentar fazer um wake up call.
Caro João,
A Igreja não é um partido,
não é um clube,
não é sequer um círculo
de "gente conhecida"...
Graças a Deus!
João, vou ter que lhe responder com um desenho, isto é, uma capa de livro, no corpo principal do blogue. Mas olhe que eu não escrevi que João Paulo II desmentiu a doutrina doutros papas. O João gosta sempre de acrescentar uns pontos.
Caro João,
Eu disse apenas que podemos colocar a nossa confiança mais
alto, para ultrapassar teo-melodramáticas disjuntivas...
Você quis atribuir-me um telefone directo com Deus. Como bem sabe,
essas "linhas directas" estão mais do lado de quem vê na hierarquia uma orientação infalível dos fiéis.
Não avalio o conteúdo de verdade de uma proposição pela "patente" hierárquica... Se esse é o seu critério, então diga-me : a propósito de homossexualidade, quem tem razão ? O Cardeal Carlo Maria Martini ou o Cónego Seabra ?
Fica a disjuntiva, para quem tanto as aprecia...
Amigo Jorge, não respondeu a nada.
Amigo anónimo, enquanto o Cónego Seabra disser apenas o que a Igreja diz, e não a sua doutrina pessoal nessa matéria, terá mais razão do que qualquer Cardeal que apareça por aí a mandar opiniões.
Esta é que é a beleza da coisa, é que até um analfabeto pode saber mais do que um Cardeal, simplesmente porque tem fé, ao contrário do Cardeal orgulhoso, que se acha mais papista do que o Papa. Bem disse Nosso Senhor que quem não se fizer como um daqueles mais pequeninos...
João, respondi aqui
http://tribodejacob.blogspot.pt/2012/03/os-mea-culpa-de-joao-paulo-ii.html
Para o João, é tudo ou preto ou branco. Felizmente há muitos tons de cinzento e, mais e melhor, cores. O que vale é que papas como João Paulo II ou Bento XVI não são como o João e os da sua comunhão particular dizem que são. Nem Scola, se for papa, será um papa para os da sua particularíssima comunhão, mas para a Igreja. Que é Católica. Tem muitas tendências, grupos e comunhões.
Caro João,
Quando um cardeal contribui com o fruto da sua reflexão pessoal, corajosamente dissonante da doutrina oficial, é... "orgulhoso" ? Engraçado como certos católicos tão piedosos e humildes se atrevem logo a julgar sem mais aquelas um cardeal...
E depois o manto do analfabetismo
virtuoso não cai bem nos ombros de um cónego...
Abraço, João
E aproveite a vida para amar
Ahah o Jorge tem muita piada. Sempre que pode dá uma alfinetada no Papa Bento, e agora vai-se tentar pôr do lado dele, contra mim e a minha comunhão particular (seja lá quem for)...isto vindo de alguém que se diz um ecuménico tem muito que lhe diga.
Com o Papa João Paulo II é a mesma coisa, critica muitas das coisas que o Papa escreveu, como por exemplo já falámos aqui da impossibilidade da ordenação das mulheres, mas aqui quer ficar bem na fotografia.
Amigo Jorge, se alguma dúvida existisse da minha lealdade ao Papa, seja ele quem for, basta ver para crer: http://senzapagare.blogspot.pt/
Caro João,
A respeito da ordenação das mulheres, lembro-lhe apenas isto :
A DEUS NADA É IMPOSSÍVEL !
A Encarnação de Deus, antes de acontecer, também era uma "impossibilidade teológica".
E no entanto...
Claro que sou ecuménico.Tanto dialogo consigo como com alguém do Nós Somos Igreja, tanto leio Boff como Ratzinger, Rahner como von Balthasar, Abelardo como Bernardo, Tomás como Boaventura, Harnack como Barth. Valorizo diferentemente (para não me dizer já que sou sincrético). Mas sinto-me ecuménico, sim, segundo o todo, sem fronteiras, sentindo-me bem nesta grande casa.
Amigo Anónimo, ok!
Amigo Jorge, ainda bem!
João "discipulo amado" (ou mal-amado, a ver pela forma como se manifesta...?) 3:50 PM.
Você tem um discurso tão pedante, mas tão pedante que só é de lastimar!
Quem é você, criado por Deus como todos os outros, para considerar que Deus não fala consigo? Vá ao Otorrinolarigologista! Deus fala com quem quer ouvi-Lo. Você é surdo!!!
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