À primeira vista, diria que a ignorância é atrevida.
À segunda, também, até porque o autor diz que foi poupado a uma educação católica, dando a presumir que é ignorante no tema (não o é necessariamente, mas em Portugal é improvável uma educação na cultura católica sem uma educação católica).
À terceira, diria que há um desfasamento de mundovisões entre Ratzinger (e a dos católicos) e a de Ricardo Alves. E isso é sintomático. Por isso, leio este texto mais na perspetiva do humor (que não é dada pelo autor), do que na da tragédia, que de facto seria se o que o autor diz em relação ao Papa tivesse alguma correspondência com a realidade (por exemplo: que Maria ao dizer que é escrava fosse pretexto para defender a escravidão, ainda que a fé seja uma dependência, mas que liberta).
Por outro lado, se o Papa tem obrigação de conhecer Orwell (e é provável que conheça), não tem o opinador o dever de conhecer a linguagem religiosa?
2 comentários:
"Submarino ao fundo", pelo conteúdo da prosa de Ricardo Alves, remete para o universo da "batalha naval", um jogo de crianças, transformado no jornal "i" em ganha-pão de gente "séria" e petulante...
Pobre de si, Ricardo Alves...
Se calhar, um pouco de educação católica ter-lhe-ia feito bem...
Foi muita batalha naval, talvez.
O Ricardo Alves é bom rapaz. Colega da blogosfera. Padece é do mal de alguns crentes. Só tem olhos para um dos lados da tapeçaria.
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