No
dia 6 de Janeiro de 1945, ao regressar de uma aula de piano, caminhando várias
horas a pé, em vez de usar o comboio como era habitual, Wolfhart Pannenberg
sente-se envolvido pelo pôr do sol, numa experiência por vezes dita
"mística". Mais tarde, descreveu esse dia:
“Eu não sabia, à época, que 6 de janeiro era o Dia da Epifania, assim como não me dei conta de que naquele momento Jesus Cristo havia reivindicado a minha vida como uma testemunha da transfiguração deste mundo, iluminado pelo poder e julgado por sua glória. Mas aí começou um período de ânsia para entender o sentido da vida, e uma vez que a filosofia não parecia oferecer respostas para o final dessa busca, eu finalmente decidi provar a tradição cristã mais seriamente do que eu havia considerado antes”.
Foi
por causa desse dia 6 que decidiu aprofundar as raízes cristãs, na Alemanha
destroçada pela guerra, e enveredar pela teologia, sendo hoje um dos mais
importantes teólogos protestante e, provavelmente, o mais católico dos grandes
teólogos não-católicos. Segundo uma obra recente, publicada em Itália, faz
parte do grupo de três teólogos não-católicos que influenciam ou pelo menos estão mais perto do pensamento do
atual teólogo-papa. Os outros dois são Oscar Cullmann e Ioannis Zizioulas. Ler aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário