Anselm Grun é o monge da direita
Um bom líder revela-se na forma de lidar com o sucesso tão
bem como com o fracasso. Durante a minha administração alcancei muitos
sucessos, mas também tive de aceitar os fracassos. A fábrica de gás natural,
que eu construí com tão grande entusiasmo, já não está em funcionamento porque
a agricultura abdicou das vacas e dos porcos. Na bolsa já ganhei muito, mas
também perdi, frequentemente. É evidente que posso dizer a mim mesmo que tudo
resultará, por fim, no sucesso a longo prazo. Mas, para o atingir, também passarei
sempre por grandes fracassos. As árvores não crescem no céu – nem na bolsa, nem
no mercado. Ao falar com um banqueiro sobre o fracasso que obtive com os
empréstimos argentinos e sobre a reacção que os meus confrades sabichões
tiveram a esse facto, ele disse-me: «A vitória tem sempre muitos pais, mas a
derrota tem sempre apenas um». Eu próprio já senti na pele a verdade desta
frase. Quando alguma coisa corre mal todos sabem de antemão aquilo que eu devia
ter feito. No entanto, quando as coisas correm bem, todos acham que não é nada
de mais.
Anselm Grun, “A vida e o trabalho. Um desafio espiritual” (Paulinas),
pág. 88-89
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