Saiu em Itália um novo estudo sobre os santos de Assis,
Francisco e Clara. Escreveu-o a historiadora Chiara Frugoni. Li aqui um texto
de Mariapia Veladiano, no “La Reppublica”, e anotei:
Talvez seja verdade que o desfecho da história de Clara, a clausura estrita decretada em 1263 por Urbano IV, se assemelhe muito a um fracasso humano. Mas nem sempre os resultados diferentes dos esperados são fracassos. Quem acredita pode reconhecer muito bem, na vida escondida das clarissas, a pobreza subterrânea de uma beatitude igualmente profética.
No entanto, é difícil negar que a batalha pela pobreza tenha sido um verdadeiro fracasso, dado o escândalo que ainda hoje a riqueza da Igreja representa aos olhos do mundo. Porém, aqui também a fé salva da amargura, embora na determinação da verdade a ser afirmada. Eis o que Santa Clara escreveu para Inês da Boêmia, à frente do mosteiro de Praga, a propósito da sua luta comum contra as autoridades religiosas pela defensa do privilégio de ser pobre: "Em rápida corrida, com passo ligeiro e pé firme, de modo que os teus passos não levantem poeira, avança segura, feliz e confiante no caminho de uma felicidade pensativa".
Felicidade pensativa, pois.
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