O filósofo e teólogo Maurice Blondel nasceu no dia 2 de
Novembro de 1861, em Dijon, e morreu no dia 4 de Junho de 1949, em
Aix-en-Provence.
Em 1893 defendeu na Sorbonne uma tese sobre a acção que teve
grande repercussão na teologia católica, apesar de no início encontrar
detractores nos filósofos e teólogos católicos, que pensavam que Blondel cedera
ao modernismo. Curiosamente, os filósofos acusaram-no de subordinar a razão à
fé.
As reflexões de Blondel sobre a transcendência e a imanência
acabaram por ter muita influência na “nova teologia” e no Concílio Vaticano II.
Até aí, um dos ramos da teologia, a apologética, hoje teologia fundamental, tinha
uma perspectiva extrincessista, supostamente objectiva, ignorando o sujeito
humano, que está sempre em contexto.
Leio na Infopédia e é um bom resumo:
O objectivo do trabalho de Blondel teve três pontos fulcrais. Em primeiro lugar, examinar as exigências da acção humana de forma a delinear as estruturas mais negligenciadas da dimensão vital da existência humana.
Em segundo lugar, examinar e estudar as doutrinas dos pensadores e dos movimentos, para poder aceder às suas atitudes adequadas e poder expor as atitudes e práticas mais inadequadas, de forma a poder criar uma filosofia considerada mais interventiva, que foi algo de inovador que Blondel trouxe à sua época.
Finalmente, em terceiro lugar, colocar em prática o desenvolvimento de uma "filosofia sobre a insuficiência", mais explícita e articulada, que pode desenvolver uma forma mais compreensiva de tratar as relações entre a ação e o pensamento e onde o ser humano possa ser submetido a uma orientação histórica, social e que esteja em relação com o Absoluto.
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