Estreia hoje em Portugal o filme speilberguiano do Tintin.
Como blogue católico, parece-me bem recordar que o Tintin nasceu no jornal “Le Petit
Vingtième”, o suplemento juvenil do jornal católico “Le Vingtième Siècle”.
Um
dia, o director do jornal, o padre Norbert Wallez (de quem se diz que tinha
simpatias pelo nazismo; curiosamente, o jornal que dirigia desaparece
precisamente com a invasão da Bélgica pelos alemãs, em 1940) pediu a Hergé que
desenhasse algo para as crianças. Assim surgiu o Tintin, o repórter inspirado na experiência escutista de Hergé, na edição de 10 de
Janeiro de 1929 (a capa que reproduzo é de 1934).
Tintin veio para Portugal graças a outro padre, Abel
Varzim, que tendo estudado em Lovaina, conheceu Hergé, com quem se
correspondia. O padre natural de Barcelos deu Tintin a conhecer a Adolfo Simões
Muller (julgo que se conheciam do jornal "Novidades"), que começou a publicá-lo na revista “Papagaio”. A primeira aparição foi na edição de 16 de Abril de 1936 (capa abaixo reproduzida).
Portugal foi o primeiro país não francófono onde o Tintin apareceu, traduzido
para Tim-Tim. E a cores.
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