segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Rezar com as pernas



Encontro esta frase numa espécie de antologia de frases anti-religiosas, agnósticas e ateias:

Eu rezei durante vinte anos, mas não recebi nenhuma resposta, até que rezei com as minhas pernas.
A frase é de Frederick Douglass. Para quem não souber que foi este senhor – era o meu caso -, cá está uma personalidade fascinante.
Viveu entre 1818 e 1895. Escravo. Fugiu. Abolicionista que ficou conhecido por “Leão de Anacostia”. Um marx anti-esclavagismo. Um dos afro-americanos mais influentes na história dos EUA, diz a Wikipedia – e por agora chega.
É difícil não concordar com Frederick Douglass. Reza-se com as pernas como se reza com as mãos, sem se deixar de rezar com a mente e o sentimento. Parafraseando Tiago, a fé sem mãos nem pés é morta. Oração coxa (como na anedota em que Deus se insurge com o fiel que muito pedia que lhe saísse a lotaria mas não comprava uma cautela) não pode ir longe.

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