quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Textos dos leitores: Os relógios de Francisco Xavier

Há dias lembrei aqui a chegada de Francisco Xavier ao Japão, onde esteve de Julho de 1549 a Dezembro de 1551. Fernando Correia de Oliveira (do blogue Estação Cronográfica) deixou na caixa dos comentários, na altura, um texto do seu livro “Relógios e Relojoeiros - Quem É Quem no Tempo em Portugal” (Âncora, 2007). Recupero a nota histórica que surge na letra X:

Shogun Tokugawa Ieyasu
XAVIER, São Francisco
Em 1551, aquando da sua chegada ao Japão, o missionário levava, entre vários presentes para impressionar os senhores locais, um relógio, que adquirira em Macau. A técnica de usar os relógios para “abrir portas” junto dos poderosos nipónicos é semelhante à usada na China. Uma célebre delegação de jovens príncipes japoneses à Europa, para visitar o papa (e que passou por Lisboa, numa altura em que Portugal já tinha perdido a independência para Espanha), levou consigo no regresso um relógio para o shogun (chefe militar, a verdadeira sede do poder no Japão feudal), Toyotomi Hideyoshi. Outros relógios mecânicos se seguiram, quase sempre através do Padroado Português do Oriente ou, o que queria dizer quase o mesmo, dos jesuítas. O mais antigo relógio existente no Japão é um oferecido por essa altura pelo monarca peninsular, Felipe II, ao shogun Tokugawa Ieyasu – encontra-se actualmente no santuário de Toshogu, no monte Kuno, Prefeitura de Shizuoka.

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