Andrea Riccardi
A Democracia Cristã desapareceu do mapa político italiano nos anos 1990. Na cultura italiana a expressão "democrata cristão" adquiriu valor negativo. Mas parece que as coisas estão a mudar e há quem volte a falar de um partido católico.
Andrea Riccardi escreveu sobre o assunto no "Corriere della Sera":
Estamos, agora, diante da gestação de um novo partido católico? Talvez seja um fantasma que, de um lado, inquieta e coloca novamente em discussão a centro -direita e, de outro, constata a crise do contágio entre as culturas do catolicismo democrático e da esquerda na origem do Partido Democrata.
Certamente, há um mal-estar difundido entre os católicos, que é acompanhado pela consciência de ter valores, ideias e experiências. É generalizada a aspiração a uma visão que dê esperança em um tempo de sacrifícios e que recoloque internacionalmente um país curvado sobre si mesmo, como afirmou Lucio Caracciolo no jornal "Avvenire".
Mal-estar, aspirações, senso de responsabilidade colocaram em movimento há anos um processo entre católicos: eles estão refletindo sobre a crise, captando estímulos do contato diário com os problemas dos italianos (através de uma densa rede social e pastoral), mas também retomando um patrimônio de reflexão e de ética.
Os católicos italianos são uma realidade articulada, em que os diversos ambientes e organizações, tempos atrás mais autorreferenciais, estão em um diálogo muito mais próximo. Poucos se deram conta disso. Se o novo partido católico parece uma notícia de verão, é preciso constatar, no entanto, uma difundida vontade de responsabilidade desses ambientes.
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