Julian Barnes começa “Nada a temer” (Quetzal) assim:
“Não acredito em Deus, mas sinto a Sua falta. É o que digo quando o tema é aborda. Perguntei ao meu irmão, que ensinou Filosofia em Oxford, em Genebra e na Sorbonne, o que pensava desta afirmação, mas sem revelar que era minha. Ele respondeu com uma palavra: «Lamechiche».”
O livro, todas as revistas o dizem, é sobre a morte. Eu acrescento que é também sobre Deus. E sobre a ausência dele – outra variante do mesmo assunto. A expressão “romance que não se pode largar desde a primeira página”, de que tanto se abusa, foi feita para livros como este, segundo as minhas categorias. Mas são raros. Por outro lado, até na capa se diz que é um romance, mas estou a lê-lo mais como memórias e reflexões.
Julian Barnes
Sem comentários:
Enviar um comentário