domingo, 3 de julho de 2011

Domingo, dia de festa

Hoje é domingo. Para os judeus, o dia santo, o sábado, é dia de fazer amor. Para os católicos, também, excepto para os ministros, mesmo quando podiam ser casados. Aliás, essa é uma das origens da imposição celibato. Por uma questão cultual, o sacerdote, no dia da oferta do sacrifício, à maneira do Antigo Testamento, devia estar ritualmente puro. Por isso, ao domingo, nada de relações sexuais. Isto passou a ser assim quando o neoplatonismo entrou em força no cristianismo. O cristianismo perdeu feições bíblicas e ganhou traços helénicos, mais ou menos ao mesmo tempo que na missa se sublinhou mais o lado sacrificial do que o festivo, mais o sangue do que a bebida/comida, a refeição. Se no lado oriental, os sacerdotes só celebravam ao domingo, tinham os restantes dias da semana para estarem com as suas mulheres. Mas no lado oriental do império, latino, celebravam todos os dias. Para quê estar casado?


Lembrei-me disto ao ler hoje Timothy Radcliffe (pág. 140-1 de Ser cristão para quê?):
Numa ocasião em que estava a pregar sobre sexualidade, São João Crisóstomo notou que algumas pessoas coravam e ficou indignado. «Porque coram? Não é puro? Comportai-vos como heréticos». Pensar que o sexo é repugnante é uma negação da verdadeira castidade e, segundo nada menos do que São Tomás de Aquino, uma imperfeição moral.

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