"As postulantes, as noviças e as professas, para poderem participar [no encontro com o Papa, no dia 19 de Agosto, em Madrid, no Pátio dos Reis, no mosteiro do Escorial, no decorrer da Jornada Mundial da Juventude], terão que vestir o seu respectivo hábito". O aviso vem no sítio da JMJ - Madrid (li aqui). Ou seja, muitas irmãs de congregações religiosas que já não usam hábito há décadas, desde a reforma conciliar, ou não vão ver o Papa ou têm de arranjar um hábito. A organização respondeu assim a uma religiosa que contestou a decisão:
No ordenamento vigente da Igreja, os membros de institutos religiosos devem usar hábito.
O hábito religioso deve ser uniforme para todo o instituto. Admite-se o pluralismo no tecido e na cor (preto, cinza, branco), segundo as exigências dos lugares.
Esperamos que você possa compreender isso e verá a experiência gozosa dessa manifestação pública do que significada no mundo a vida consagrada religiosa, também no modo de se identificar em uma sociedade com tantos sinais de secularismo.Espero que isto seja um episódio inconsequente. Mas revela uma teologia de afastamento e oposição ao mundo que recorda coisas bem piores. Tem uma ideia ingénua do mundo, como se ele esperasse este tipo de sinais. E tem pouco sentido pastoral, pouco respeito pelas freiras que nunca usaram um hábito. É lamentável que o protocolo papal imponha este tipo de coisas.
5 comentários:
Ele há cada uma. Não têm com que se preocupar. Mais fácil para elas: não vão!
E as irmãs cujo hábito é não ter hábito? Isto é, cujo hábito é "à paisana"?
O Vaticano não pára de nos surpreender! De facto não têm mais nada com que se preocupar...
Sem hábito não são elas que não vêm o Papa. O Papa é que não as vai ver!
Aristóteles pode explicar. Quando não se dá atenção à substância (neste caso, a fé), a atenção desloca-se para os acidentes (neste caso, o vestuário). Para quem tanto contesta o relativismo, que dizer?
No Vaticano é tudo RETROGRADO!
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