Quando os pelagianos insistiram que todo o pecado é uma rejeição de Deus, plenamente consciente, Agostinho respondeu que «muitos pecados são cometidos por gente que chora e geme» ("Ser cristão para quê?", de Thimothy Radcliffe, nas Paulinas, pág. 57).
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Pecados de gente que chora e geme
No meio de um livro de espiritualidade, dos que são mesmo bons, uma frase (a parte de Agostinho) que faz pensar na actualidade política portuguesa, com as devidas adaptações, que não vou fazer:
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4 comentários:
Razão tem, por isso, o grande teólogo Johannes Baptist Metz, quando alerta que o maior problema não é a culpa; é o sofrimento.
Ao insistir tanto no pecado, a Igreja corre o risco de despejar mais dor para cima de quem já tanto sofre.
Obrigado pela ressonância que tem feito a esse maravilhoso livro.
Obrigado pelo seu comentário.
É só "cascar" na Igreja... Mas muitos esquecem-se que há muito sofrimento precisamente por se ter perdido precisamente a noção de pecado e nem se saber quais são. Conclusão: vazio de vida.
O comentário do segundo anónimo ("cascar" na Igreja), que agradeço, é sobre o post ou sobre o comentário primeiro anónimo? Na realidade, quando citei Radcliffe, estava a pensar num político que recentemente foi visto a chorar. Claro que não acreditei nem um pingo na sua emoção que dizia ter uma marca de incompreensão, logo, sofrimento.
Depois, claro que não é só "cascar" na Igreja. A Igreja somo todos, bons e maus. Eu não acredito numa igreja de puros, mas de pessoas como nós, logo tão criticáveis como nós.
Para mim, também é uma interpelação constituir uma igreja que em vez de lançar sal para as feridas, seja misericordiosa, consoladora, mesmo em relação a pecadores - falta saber é que tipo de pecadores. E principalmente em relação a quem sofre.
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