É um grande pecado não ver as essas que são visíveis. As pessoas que lavam as casas de banho; que pintam os muros da praia; que limpam as ruas. Ou os velhos e as criancinhas que passam por nós.
São pessoas invisíveis, a quem não falamos, que são o anjo Elias entre nós, os outros eus de Levinas; os convidados inesperados que, se dermos por eles e nos lembrarmos deles, hão-de ajudar a salvar as nossas pobres e comprometidas almas.
Miguel Esteves Cardoso no “Público” deste domingo.
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