Estátua do Mata-Frades, no Largo da Portagem, Coimbra
No dia 30 de Maio de 1834 o ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça promulga uma lei que declara extintos “todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e quaisquer outras casas das ordens religiosas regulares”. Os bens destas instituições são secularizados e nacionalizados.
Esta lei valeu a Joaquim António de Aguiar (1792 – 1884) a alcunha de “Mata-Frades”.
Uma das inesperadas consequências culturais desta lei, além da dispersão e destruição das preciosas bibliotecas conventuais (ver aqui como foi vendido ao desbarato o Mosteiro de Tibães, casa-mãe dos beneditinos em Portugal), por exemplo, foi que ao expulsar os religiosos ou obrigá-los a integrar o clero diocesano, destruiu-se o ensino médio, que estava nas mãos das instituições religiosas. Passou mais de uma década até que o barbeiro e o boticário, à falta de frades cultos e de um ensino estatal organizado, começassem a ensinar o que o pouco que sabiam aos jovens portugueses.
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