quarta-feira, 13 de abril de 2011

A polémica dos bebés no catecismo dos jovens católicos



Ainda o catecismo não foi apresentado - é hoje, tanto em Roma como em Lisboa - e já há uma polémica. Bebés. Ou melhor, a ausência deles. A edição italiana diz na pergunta 420:
P. Può una coppia cristiana fare ricorso ai metodi anticoncezionali? (Um casal cristão pode recorrer aos métodos anticoncepcionais?). 
R. Si, una coppia cristiana può e deve essere responsabile nella sua facoltà di poter donare la vita. (Sim, um casal cristão pode e deve ser responsável na sua faculdade de poder gerar vida)".
A resposta põe em causa o ensino católico que, aliás, segundo dizem as estatísticas e as impressões, é muito pouco cumprido.


A versão portuguesa, traduzida do original alemão, diz, sem causar polémica:
P. Pode um casal cristão regular a procriação? 
R. Sim, um casal cristão pode e deve gerir responsavelmente o dom de poder gerar vida.
Na sequência da resposta, só se diz que a regulação "não implica a utilização de todo e qualquer método". Consegue-se com simpatia dar uma resposta fiel ao pensamento da Igreja.  

Na pergunta seguinte, a 421, responde-se a "Porque não são igualmente bons todos os meios para impedir a concepção de uma criança?" E aí surge claramente o que sempre disse sobre a questão: "Quanto à escola de métodos de regulação consciente da procriação, a Igreja remete para os métodos aperfeiçoados da auto-observação e do planeamento familiar natural (...)".

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