Uma nota sobre este texto que saiu hoje no "Público". A Universidade Pontifícia Athenaeum Regina Apostolorum é a universidade dos Legionários de Cristo, grupo católico que, como se sabe, vive agora com o demónio de ter tido um fundador de poucas virtudes.
De qualquer forma, é uma universidade pujante, a par de outras de parecido sinal conservador, onde se defende a existência do demónio, a inferioridade da mulher, a superioridade celibato, missa em latim, costumes medievais...
Há dias alguém me dizia que esta e uma outra universidade, repetidoras do que há de pior na Igreja Católica, estavam a conseguir atrair mais alunos, principalmente das Américas, do que as mais clássicas (e mais inovadoras, se é que de inovação se pode falar) como as que estão ligadas aos jesuítas e dominicanos. Se assim é, o panorama do futuro da teologia católica é mau. Muito mau.
Quanto ao diabo, que o satanismo faça mal ao jovens, não duvido. Que os exorcismos possam ter efeito (como os placebos, psicológico ou o que seja), não duvido. Daí até à existência do diabo...
2 comentários:
Esta é, de facto, uma questão sensível e cada vez mais em voga.
Compreendo o que diz no último parágrafo. Contudo, fica complicado explicar a existência de um ritual dos exorcismos ou então a um número no Catecismo, onde se fala claramente dos exorcismos maiores (distinguindo-os das doenças psíquicas).
Ou realmente existe a possibilidade da possessão ou então a Igreja está a enganar, devendo simplesmente eliminar, pelo menos, estes dois documentos que referi.
Abraço
Obrigado pelo seu comentário. Tenho escrito algumas coisas sobre este assunto no blogue. As minhas convicções baseiam-se no seguinte: na Bíblia há possessões demoníacas - coisas naturais, doenças - mas não diabólicas; o Credo cristão não refere o diabo; a Igreja abandonou o ritual do exorcismo em meados do século passado. Agora parece recuperá-lo (alguma igreja, pelo menos) ao mesmo tempo que quer recuperar o latim para as celebrações, as vestes antigas, a doutrina da expiação, etc. etc. Tudo muito discutível e, em alguns casos, claramente um retrocesso.
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