Um artigo publicado no Religión Digital diz que este ano foi o ano da “recuperação do cinema espiritual” (aqui). É certo que “Dos homens e dos deuses” (sobre os monges assassinados na Argélia) nem sequer estava entre os nomeados para Melhor Filme Estrangeiro, mas “O discurso do rei” (quatro estatuetas, incluindo a de melhor filme) mostra que, “a partir da fraqueza, o ser humano pode transcender as suas possibilidades e assumir compromissos que parecem impossíveis”.
“Indomável”, dos irmãos Coen, não concretizou nenhuma das 10 nomeações, mas, realizado pelos dois irmãos judeus (não há nome mais judeu do que Coen / Cohen), mostra como é a natureza humana que enfrenta o lado obscuro do desejo de vingança “desde uma perspectiva profunda que assume a culpa e se abre ao futuro com confiança”. “Abre-se (…) à presença de Deus que nos cuida e acompanha na mediação dos outros”.
O óscar de Melhor Filme Estrangeiro foi para o dinamarquês “Num Mundo Melhor” (“In a better world”; estreia em Março no Brasil e em Abril em Portugal), de Susanne Bier. “A realizadora dinamarquesa, que foi acusada de forma injusta de anti-islâmica pelo governo do Sudão, apresenta-nos o drama humano geral dentro de um drama particular. Um médico colaborador solidário na África enfrenta o dilema de ajudar o seu filho no seu próprio país, renunciando à violência e avançando pelo caminho de uma dolorosa reconciliação”.
O artigo pode ser lido em português aqui.
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