O padre Joaquim Carreira das Neves respondeu ao inquérito sobre a “nova evangelização”, do Religonline. Fala mais sobre “evangelização” do que sobre o que será a “nova evangelização”. E é precisamente por isso que o contributo é muito entusiasmante. A evangelização genuína é sempre um encontro inaugural. Novo, pois. Basta falar de evangelização.
O evangelho não é um livro, mas uma “proclamação”. Proclama-se aquilo que o Papa diz ser “um acontecimento”. Não se trata, pois, de uma ideia, uma doutrina, uma ética, mas de um “encontro com um acontecimento”. Semelhante acontecimento é causado ou proporcionado por uma pessoa – a pessoa de Jesus (…).
Esta maneira de proclamar já é, em si mesma, muito diferente das nossas catequeses formais. Não há, assim, qualquer proclamação contra nada nem contra ninguém. Nem contra protestantes, judeus, islâmicos, ateus, ciência, evolucionismo. Há, simplesmente, o desejo de preencher o “vazio” existencial, próprio do ser humano. Mas, também aqui, há que considerar a ambiguidade deste “vazio”. Nas sociedades modernas e democráticas contactamos com pessoas que preenchem este “vazio” com a cultura, a ciência, a liberdade. São respostas sem religião que devemos considerar e respeitar.
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