Tomás de Aquino morreu no dia 7 de Março de 1274, aos 49 anos. Nasceu no sul de Itália, filho dos condes de Aquino. Andou por Paris, Colónia, Itália, sempre a falar e escrever em latim, quando já se falavam as três línguas em questão. A sua principal obra é a “Suma Teológica”, síntese harmónica entre relevação cristã e filosofia aristotélica.
Repudiado pela Igreja nos primeiros anos após a morte, o pensamento filosófico e teológico de S. Tomás, durante séculos, foi considerado doutrina oficial da Igreja Católica, a “filosofia perene”, com o consequente prejuízo de outras formas de pensar.
Tomás de Aquino é o patrono dos filósofos e das universidades e escolas católicas, entre mais uma série de coisas, incluindo os fabricantes de lápis. Menos conhecidas, mas muito belas, são as suas orações. Como esta, que revela a sua fé na Eucaristia.
Adoro-Te com amor, ó Deus escondido
Que, sob estas espécies, verdadeiramente estás presente;
Dou-Te o meu coração inteiramente
Em Tua contemplação estou rendido;
A vista, o tacto, o gosto nada sabem.
Só no que o ouvido sabe se há-de crer.
Creio em tudo o que o Filho de Deus veio dizer.
Nada mais verdadeiro pode ser
Do que a própria Palavra da Verdade.
Na cruz estava oculta a divindade,
Aqui também o está a humanidade.
E, contudo, eu creio e o confesso
Que ambas aqui estão na realidade;
E o que pedia o bom ladrão, eu peço.
Não consigo ver as Tuas chagas, como Tomé,
Mas confesso-Te meu Deus e meu Senhor!
Faz-me ter cada vez em Ti mais fé,
Uma esperança maior e mais amor.
Ó memorial da morte do Senhor,
Pão vivo que ao homem dás a vida!
Que a minha alma sempre de Ti viva!
Que sempre lhe seja doce o Teu sabor!
Senhor Jesus, doce pelicano!
Lava-me com o Teu sangue a mim, imundo,
Com esse sangue do qual uma só gota
Pode salvar, do pecado, todo o mundo.
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