Um bocadinho do comentário de Eva Cantarella no jornal “Corriere della Sera” de 02-02-2011 sobre Simone Weil, a “virgem vermelha” (teria feito 102 anos no dia 3 de Fevereiro):
(…) É desnecessário dizer que as interpretações da personagem foram muitas e diversificadas. Em vida foi vítima de todos os lugares comuns de que se lançava mão (e se lança) para ridicularizar as mulheres transgressivas: o aspecto físico, a vestimenta, por fim, os grandes óculos de grau que lhe cobriam o rosto. Para alguns era anoréxica, uma fanática, uma louca... Foi necessário tempo para que lhe fosse feita justiça (na Itália, e se podem ser bem compreendidas as razões, as suas obras foram traduzidas e publicadas graças a Adriano Olivetti). Obviamente a opinião sobre o conteúdo e o valor de seu pensamento filosófico cabe aos especialistas. Mas não é necessário ser um para compreender a excepcionalidade do seu caráter imbatível e de seu espírito crítico e livre, capaz de nunca delegar aos outros, por nenhuma razão, as próprias escolhas: nem no campo político nem no campo religioso.
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