John L. Allen Jr. aponta no “National Catholic Reporter” (01-02-2011) os cinco traços em comum nas beatificações rápidas (ou seja, de pessoas mortas há menos de 30 anos). Resumo-os a partir do texto traduzido pela Unisinos (aqui). As palavras-chave de cada item são da minha responsabilidade.
1. Dinheiro. A maioria tem por trás uma organização plenamente comprometida com a causa, contando tanto com os recursos quanto com a astúcia política para fazer as coisas andarem. Pense-se em Josemaria Escrivá.
2. Originalidade do santo. Implicam uma “primeira vez”, geralmente em termos do reconhecimento de uma região geográfica específica ou de um conjunto de membros sub-representados. Ex.: Maria Corsino e Luigi Beltrame Quattrocchi, o primeiro casal “beato”.
3. Momento político-cultural. Às vezes há uma questão política ou cultural simbolizada por esses candidatos que contribui para a percepção de sua urgência. É o caso da leiga italiana Gianna Beretta Molla que recusou tanto um aborto quanto uma histerotomia que teriam resultado na morte do seu filho não-nascido.
4. Interesses do Papa. Por vezes as causas passam pela via rápida porque o respectivo Papa sente um investimento pessoal nelas. Ex.: Em relação a João Paulo II, santos polacos como Jerzy Popieluszko e Michal Sopocko.
5. Lobby dos bispos. Apoio hierárquico muito forte, tanto por parte dos bispos da região como por parte de Roma. É o caso da jovem focolare Chiara Badano.
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