“Imaculada Conceição”, de Giovanni Battista Tiepolo (séc. XVIII), no Museu do Prado
Hoje é dia da Imaculada Conceição. O dogma diz que Maria foi preservada do pecado original com vista aos méritos de Jesus. Tal como o tabernáculo do Antigo Testamento tinha de ser feito de material nobre para conter a Arca da Aliança, o tabernáculo da Nova Aliança tinha de ser puro.
O dogma só foi declarado no dia 8 de Dezembro de 1854, pelo que há muitos cristãos que não o aceitam, embora há muito fosse acreditado, principalmente na Península Ibérica.
Na verdade, sem deixar de considerar que Maria tem um papel importante na História da Salvação, no cristianismo, por vezes parece-me que este dogma está demasiado dependente da teologia do pecado original (que diz um pecado das origens marcou toda a humanidade, passando de geração em geração), que, por sua vez, é um barco que mete água por todos os lados, demasiado agustiniano.
Mas creio que Maria é a “cheia de graça”.
1 comentário:
Gosto deste blog porque sempre mostra um ponto de vista que não estava esperando: "este dogma está demasiado dependente da teologia do pecado original (que diz um pecado das origens marcou toda a humanidade, passando de geração em geração), é um barco que mete água por todos os lados, demasiado agustiniano."
Fica minha sugestão de desenvolver mais o tema em outro post. Confesso que se há um ponto da teologia que vejo no dia a dia do homem demonstrado por a+b, é o pecado original. Alias, num momento radical de desolação, eu seria capaz de descrer em tudo, mas o pecado original, pela firm vivencia da concupiscencia da carne em nossas vidas, seria a ultima crença que cairia nesta hipotética crise.
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