Timothy Radcliffe op sobre como devem ser as homilias, na página 97 de “Ir à Igreja porquê?”:
“The Shawshank Redemption” [Os Condenados de Shawshank], um filme rodado em 1994 por Frank Darabont, fala-nos de Andy, um banqueiro americano, preso depois de, por engano, ter sido condenado pelo assassínio da sua mulher. Esforça-se por manter viva a esperança neste mundo deprimente. Tendo-se tornado um preso de confiança, com liberdade excepcional, um dia, ocupa a torre de controlo e emite pelos altifalantes a música da ópera As Bodas de Fígaro de Mozart. Todos estacam e se transfiguram. A beleza abriu-lhes um outro mundo em que já não eram simples criminosos, mas podiam atrever-se a esperar, de novo, uma vida humana. Nenhum de nós consegue pregar tão bem como Mozart, ou mesmo de forma tão libertadores como aqueles músicos no clube de jazz; é por isso que sempre precisaremos de artistas para compartilhar o acontecer da graça. Johann Sebastian Bach celebrou, no seu Oratório de Natal, o nascimento do «mais belo de todos os seres humanos». Precisamos de descobrir a música para repartir esta beleza com os nossos contemporâneos.
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