Vitral na catedral de Gloucester (clique para ampliar)
"As janelas de Denny são inconfundíveis. Os seus vitrais, que podem ser vistos em mais de 30 igrejas e catedrais em toda a Inglaterra, vivem e fluem como nenhuns outros. Em vez de restringir as suas cores às secções definidas pelas junções de chumbo, deixa-as fluir ao longo de toda a janela o que lhe dá uma força elementar e resplandecente. Denny aplica a técnica da impressão de água-forte, com o uso de ácido, e a coloração é feita com nitrato de prata, de acordo com um esquema muito bem planeado de forma a fazer com que a cor avance e recue, o que permite tornar quase invisíveis as linhas de ruptura impostas pelas junções de chumbo. Este tipo de impressão - os vermelhos obtêm-se em algumas horas, mas os verdes, num processo emocionante mas de arrasar os nervos, podem «ficar ali sentados» durante dias - permite evidenciar «todos os matizes da cor que está a actuar no vidro». A coloração através do nitrato de prata produz uma série de tons de amarelo, que vão da prímula ao âmbar, e transforma os rosas em dourados. Mas é vasta a sua paleta de cores: espantosos azuis-ultramarinos e azuis-vinca para o seu vitral de S. Tomás em dúvida, em Gloucester; verdes de jóia para as janelas da casa Thomas Traherne, em Hereford, ou os cinzentos gelados, os rosas e os flamejantes vermelhos do pôr do sol no Mosteiro de Malvern, no Worcestershire. Não há um significado especial para as suas cores, «apenas a beleza por seu próprio direito», como ele diz".
Texto de Ann Wroe, na "Intelligen Life" do Outuno de 2010
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