sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Por onde há-de ir a evangelização?


"Voltemos a ensinar a fé. Mas que tal pôr o foco nos ensinamentos básicos de Jesus? Será que a nossa Igreja está a proclamar e a viver adequadamente seus ensinamentos?" Questões lançadas no editorial do jornal "National Catholic Reporter" de 04-11-2010. Copio daqui uns parágrafos (e aqui em inglês).

De novo, o que estamos a ouvir? A resposta triste é que ouvimos muito pouco sobre as bem-aventuranças e muito sobre o julgamento e a admoestação, aparentemente sempre com um foco no comportamento sexual. A nossa Igreja ganharia a atenção de muitos se fosse vista como uma comunidade inclusiva e acolhedora.

A evangelização efectiva exige uma boa dose de humildade. Nós vemos isso suficientemente na nossa Igreja hoje. A humildade requer ouvir, e ouvir um pouco mais – abster-se do julgamento, reconhecendo os desafios e as lutas que todos enfrentamos. Algo poderia ser conquistado ao reconhecer a bondade e a compreensão daqueles que estão fora da fé católica? Isso poderia iniciar uma conversa mais efectiva sobre a fé? Ao contrário disso, temos visto uma ênfase na expressão do catolicismo como a única e verdadeira fé. As nossas superioras religiosas norte-americanas estão a ser investigadas hoje pelo Vaticano por não defenderem adequadamente a supremacia da fé católica. Talvez as mulheres sejam simplesmente melhores ouvintes.

Será que a nossa Igreja se apresenta como afectiva, acolhedora e inclusiva? Pergunte aos gays e lésbicas e aos seus pais. Eles vão dar-lhe um raspanete. Muitas das nossas paróquias são inclusivas, são acolhedoras para todos. Mas isso também acontece muitas vezes em contramão com a natureza episcopal, não com ela.

E depois está o elefante branco na sala. Ele apenas está lá e bloqueia uma visão para o avanço da boa evangelização. É a questão das mulheres na Igreja. Nesse ponto, há uma década no século XXI, as mudanças culturais e educacionais do século XX que levaram as mulheres a posições de liderança mundial não se espelham na nossa Igreja. As mulheres simplesmente não têm voz nas decisões-chave.

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