A Estação Cronográfica, sempre atenta ao tempo e aos relógios, aponta para um artigo interessantíssimo sobre Deus e o tempo (“Relógios e o Relojoeiro. O que é que a contemplação do tempo nos diz de Deus?”, original aqui).
O texto remete, como não poderia deixar de ser, para o Santo Agostinho das "Confissões" e para a “kenosis” paulina (Jesus que, sendo eterno, se esvazia a si mesmo, se aniquila, entra no tempo para partilhar a história humana), acrescentando novos pontos de vista de dois teólogos (não católicos) que têm feitos pontes entre a fé e a ciência: Ian Barbour e Polkinghorne. Este último é cientista e padre anglicano (de Barbour lembro-me de uma críticas a Bento XVI e do clássico disponível em espanhol "Encontro entre Ciencia y Religión").
As concepções científicas modernas de tempo não estão longe de alguns conceitos clássicos de tempo, de Deus e da omnisciência divina.
Diz a Estação, remetendo para o final do artigo: “Para os que acreditam em Deus: Será que Deus criou o Tempo? Como fazem notar alguns, Deus não criou a gravidade - criou a massa, ela é que por seu turno tem a propriedade da gravidade. Talvez o Tempo seja um fenómeno semelhante - não criado, mas apenas propriedade dos acontecimentos”.
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