Baruc Espinosa, ou Bento (de) Espinosa, nasceu no dia 24 de Novembro de 1632, em Amsterdão, e morreu no dia 21 de Fevereiro de 1677, em Haia (Holanda). Era descendente de judeus portugueses, fugidos da Inquisição.
Fala-se muito do racionalismo deste filósofo mas não tanto do criticismo bíblico moderno, de que é fundador. Profundo estudioso da Bíblia e do Talmude, defendeu a aplicação dos métodos filológicos aos livros sagrados – como aos outros – e questionou que Moisés fosse o autor do Pentateuco, como então se cria.
A sua principal obra, “Tratado Teológico-Filosófico”, publicada sob anonimato em 1670, foi acolhida com enorme críticas. “Não me lembro – escrevia em 1671 o pastor Philip van Limborch – de alguma vez ter lido livro mais pestilencial. O autor põe a ridículo os Profetas e os Apóstolos; para ele, nunca aconteceram milagres e é impossível que venham a acontecer; existe um destino, ao qual o próprio Deus está ligado; além disso, Deus é por ele descrito de tal momo que parece completamente suprimido”.
Um outro ministro protestante holandês escreveu um epitáfio versificado, numa antologia de 1729, que começava assim: “Aqui jaz Espinosa; cuspi sobre o seu túmulo”.
Hoje, Espinosa tem uma estátua em Haia.
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