A revista "Focus" de hoje dedica 10 páginas à dispensa de Deus por parte de Hawking.
A ideia de "criação espontânea", ao longo do artigo, faz pensar naquela outra do séc. XIX, quando se dizia que a vida surgia por geração espontânea. Pasteur e outros ajudaram a acabar com ela.
Em Hawking, o que cientificamente pode ter justificação, filosoficamente é desconfortável. No mínimo. De qualquer forma, se Deus não criou o universo (Tomás de Aquino explicou que a eternidade do universo não se opunha ao poder criador de Deus - mas em Hawking não é de um universo eterno que se fala), é capaz de ter mandado alguém criar. Mandou o próprio universo criar-se. Está salvo Deus.
Têm razão Hawking e a capa da revista. Mas não os destaques. Religião e ciência podem voltar a dar as mãos. E os líderes religiosos deixam de estar escandalizados até ao próximo escândalo. É sempre bom ter um por perto.
Sem comentários:
Enviar um comentário