sábado, 4 de setembro de 2010

Lágrimas de Eros

Franz von Stuck, "Adáo e Eva", c. 1892
Título:

Escreve Pedro Mexia no "Público" de hoje, a pretexto da exposição intitulada "Lágrimas de Eros", no museu madrileno Thyssen-Bornemisza:

«A cultura do optimismo sexual não compreende o conceito de “lágrimas de Eros”. Bataille explica porquê: desvalorizámos a componente religiosa da sexualidade. E agora há aspectos que nos escapam. É fácil dizer que o cristianismo condena a sexualidade; mas é preciso percebermos que o interdito religioso é a suprema homenagem ao erotismo, e também um elo de ligação entre o sagrado e o profano. A sexualidade, tal como o divino, é alguma coisa que excede a simples realidade, é uma dimensão visceral que violenta o nosso conforto quotidiano. E isso não nasceu com o cristianismo: Bataille lembra que os cultos dionisíacos eram cultos do trágico. O que mudou, desde os gregos, foi o avanço do sujeito individual, que cultiva um utilitarismo hedonista indiferente ao religioso. Muita gente vive hoje como se houvesse sexualidade sem tragédia. Como se houvesse Eros sem lágrimas».

Pode-se conhecer a exposição aqui.
E aqui pode-se espreitá-la mesmo.

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