quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Diálogo, liberdade e fundamentalismos

O arcebispo de Milão pediu um lugar de culto para o Islão (ver aqui). Um leitor do meu blogue, nos comentários, vê tal atitude como sendo “relativismo e modernismo”, pois “fora da Igreja não há salvação”. Talvez não saiba que um padre foi excomungado (ou seja, posto fora da comunhão da Igreja) por defender a literalidade desse princípio (ver aqui), embora mais tarde tenha havido reconciliação.

De qualquer forma, a atitude de intolerância face às outras religiões não é lá muito católica. O diálogo inter-religioso ficou consagrado no II Concílio do Vaticano, principalmente no documento “Nostra aetate”, que afirma em relação ao islamismo: “Se é verdade que, no decurso dos séculos, surgiram entre cristãos e muçulmanos não poucas discórdias e ódios, este sagrado Concílio exorta todos a que, esquecendo o passado, sinceramente se exercitem na compreensão mútua e juntos defendam e promovam a justiça social, os bens morais e a paz e liberdade para todos os homens” (aqui). A atitude do cardeal Tettamanzi insere-se, sem dúvida, na procura de liberdade para todos os homens.

O contrário será, por exemplo, a atitude de Terry Jones, pastor da igreja carismática cristã Dove World Outreach, com sede na Florida, Estados Unidos.

“Este senhor está a organizar um evento que está a alertar o exército americano e até a NATO: o dia internacional da queima do Corão, precisamente a 11 de Setembro, no dia em que se assinalarão os nove anos dos ataques à Torres Gémeas” (li aqui).

1 comentário:

Anónimo disse...

Queimar o corão é uma opção, mas ajuda a salvar a alma de maomé.
Pois o mesmo disse que o seu allah era o maior enganador e revelou-nos que o seu allah era super-diabo disfarçado.
Assim sendo, maomé está a ser torturado e satanizado há já longos 1400 anos.
Há que fazer o bem sem olhar a quem!
Vamos pois, de livre vontade e de boa mente ajudar essa pobre, enganada, sofredora e infeliz alma de maomé!

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