Deve ser da míngua de material noticiável. Quase duas páginas ocupadas com a preocupação da Santa Sé com os jogos da liga italiana à hora da missa, no JN de hoje.
Quanto a isso, embora me pareça uma preocupação sem grande sentido (porque cada um faz o que quer) em relação a um facto muito significativo em termos pastorais (troca-se facilmente, pelos vistos, a missa pela assistência a um jogo de futebol; por acaso, já ouvi um padre dizer, antes do jogo começar: "Está na hora de missa") e que devia levar, em primeiro lugar, a questionar as celebração litúrgicas, até se compreende.
Já as pretensões do Cardeal Bertone – formar uma equipa que represente o Vaticano – não devem ser para levar a sério. E eu costumo acreditar na imprensa escrita. Ou então é para levar 8 ou 9 a zero todos os jogos.
Por outro lado, se o Cardeal acha que pode formar uma equipa representativa do Estado do Vaticano com jogadores de diversas nacionalidades (o Vaticano é o único Estado do mundo em que não nascem cidadãos), captados nos colégios e seminários espalhados pelo mundo, arrisca-se a que aumentem as pressões dos que acham que os responsáveis do Vaticano devem ser chamados aos tribunais devido aos crimes clericais espalhados pelo mundo.
Outra pretensão que eu nem sei qualificar: a bola como meio de levar ao mundo a doutrina de Cristo.
Deve ser a isto que chamam “silly season”.
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