Alfred Hitchcock nasceu no dia 13 de Agosto de 1899, em Londres, e morreu no dia 29 de Abril de 1980, em Los Angeles. Reconhecido com um dos maiores cineastas de sempre, nasceu numa família católica inglesa e foi educado, ainda que durante poucos anos, numa escola de jesuítas, o que lhe deu disciplina, como disse várias vezes ao longo da vida. Em jovem, chegou a ser acólito na sua paróquia. Em adulto, casando-se em 1926 com Alma, uma convertida ao catolicismo com quem viveu até à morte, continuou a participar semanalmente na missa.
Muito tem sido escrito sobre o catolicismo nos filmes de Hitchcock. Um dos temas recorrentes é o do inocente que é acusado de um crime que não cometeu – aquilo a que chamam de “transferência de culpa”. O tema faz eco do que se passou com Jesus, uma vítima inocente falsamente acusada que assume os pecados do mundo. Mas note-se que em Hitchcock também os inocentes têm um lado escuro.
Perguntaram-lhe um dia se a fé católica teve influência na sua obra. Hitchcock respondeu: “Não penso que eu possa ser etiquetado como artista católico, mas talvez a educação inicial influencie a vida de cada um e guie o seu instinto”. Perto do final da vida, afirmou ao jornal de um colégio de jesuítas: “A atitude católica endoutrinou-me. Afinal, eu nasci católico, andei na catequese e agora tenho uma consciência com muitos julgamentos por cima da crença” (não sei se traduzo bem “I now have a conscience with lots of trials over belief”).
O sítio Christianity Today (aqui), onde este texto se baseia, diz que Hitchcock era um “cranky catholic” ("doentio", "excêntrico"), mas católico apesar de tudo.
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