sábado, 10 de julho de 2010

Questionar o sentido: no confronto com o absurdo ou nos momentos positivos?

É verdade que a pergunta sobre o sentido da vida é comum a todos, mas cada qual percebe-a e formula-a de maneira absolutamente pessoal, a partir da experiência que vive. Consequentemente, por detrás da pergunta universal sobre o «sentido da vida», esconde-se a história pessoal de cada um que exige uma resposta que o envolva pessoalmente.

São vários os âmbitos em que surge a questão do sentido. Com demasiada frequência, ela é sujeita à provocação da dor e do sofrimento; contudo, a pergunta sobre o sentido não deveria nascer, em primeira instância, do encontro com o absurdo. É verdade que há momentos em que se percebe mais directamente a contradição da vida e o homem se torna mais sensível a estas perguntas; mas o sentido da existência tem uma valência positiva e deve encontrar cada pessoa naquilo que experimenta como fruto e fim da sua felicidade. Por isso, é necessário dirigir o olhar primariamente para os momentos positivos da existência para captar neles o significado que possuem e qual o significado global que estará em condições de dar resposta mesmo aos momentos mais dramáticos que a vida comporta.

Rino Fisichella in "A fé como resposta de sentido", ed. Paulinas, 22-23

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