terça-feira, 6 de julho de 2010

O dilema de Ratzinger

Paolo Flores d'Arcais


Comentando "Mais sobre o escândalo do "Banco do Vaticano" (aqui), Pedro José escreveu algo que vale a pena chamar para a página principal deste blogue.


Uma leitura paralela (para aprofundar):

Sujeiras, corrupção e limpeza – “Segundo o filósofo
Paolo Flores d'Arcais, o problema de Ratzinger é que está preso em um dilema existencial e histórico. «Estou convencido de que sua vontade de limpar a Igreja dos dois pecados capitais, sexo e dinheiro, é séria», diz o diretor da revista Micromega. «Sua linha é a do Concílio de Trento: dogmatismo até à morte e ataque aos comportamentos imorais. Ele quer acabar com os padres pedófilos e os prelados corruptos. Mas fazer isso supõe o impossível: sentar Wojtyla no banco dos réus. E isso não é tão fácil quanto pedir perdão pela condenação de Galileu. Representaria reconhecer que seu antecessor encobriu Marcinkus (presidente do Banco do Vaticano IOR entre 1971 e 1989) e Marcial Maciel (dirigente dos Legionários de Cristo). Limpar de verdade o obrigaria a revelar sujeiras a granel e a demitir meia cúria. Mas se não fizer isso, a Igreja continuará perdendo credibilidade. Esse é o seu dilema»".


(Cfr. Citação de “Vaticália: a nobreza sombria do Vaticano” - A reportagem é de Miguel Mora, publicada no jornal El País, 27-06-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto. FONTE: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=34001 acesso: 05-07-2010).
Aqui.

1 comentário:

maria disse...

exactamente! (suponho eu, claro)

Erros de olhar

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