O mundo em que vivemos já está carregado de significados; frequentemente, o homem não faz e pergunta sobre o sentido das coisas, porque a encontra já formulada e apropria-se dela porque pertence ao contexto cultural em que está inserido. Há evidências tais que desembocam num sentir comum quase natural que impede o surgimento de um sentido pessoal independente do que é património de todos. Todavia, falar de sentido equivale a pôr uma questão que, pela sua própria natureza, tem carácter universal. Não se pode enfrentar o problema do sentido da vida, relegando-o para o sentir de uma única pessoa; se esta pergunta tiver sentido, deve ter sentido para todos. O mesmo vale quando se enfrenta a vida. O sentido da vida não pode ser despedaçado em vários actos que compõem a existência quotidiana; deve, em primeiro lugar tocar toda a vida e não somente um acto singular.
Rino Fisichella in "A fé como resposta de sentido", ed. Paulinas, 21.
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