quarta-feira, 16 de junho de 2010

Somos todos marinheiros


Na entrevista que António Marujo fez a Antonio Autiero, no P2 de hoje, diz-se a certa altura que a encíclica "Humanae Vitae" desaconselhou os contraceptivos. Talvez tenha sido mais uma proibição. Grande parte dos cristãos passou ignorar os preceitos católicos em matéria de moral sexual, porque os únicos métodos aconselhados pelo magistério eram (e são) os chamados métodos naturais (conjugação do calendário do ciclo com a temperatura e as características do muco cervical), que obrigam à abstinência sexual periódica – o que faz lembrar esta história contada por António Alçada Baptista em “A Cor dos Dias” (Editorial Presença):


As pessoas nem sempre imaginam o que era a intromissão da Igreja na vida sexual do cristão. Havia então os métodos autorizados para o controlo sexual virtuoso dos crentes. Lembro-me que um padre jesuíta disse um dia ao filósofo Paul Ricoeur a respeito da vida sexual:
- Nós conseguimos já resolver os problemas de todos os casais cristãos, excepto dos marinheiros.
Ao que Ricoeur disse:
- Mais, mon Père, nous sommes tous des marins…

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