terça-feira, 22 de junho de 2010

O petit Yves Congar escreveu um "Diário da Guerra 1914-1918"


Procurando na Internet, encontrei no Canadá uma recensão à obra de infância de Congar (aqui, em pdf). O grande teólogo escreveu um diário, ao longo dos quatro anos de guerra, em cinco cadernos escolares. Note-se que era natural de Sedan, nas Ardenas, junto à Bélgica, uma região onde, naturalmente, abundaavm preconceitos sobre os alemães, como, aliás, em toda da França da época.

Yves Congar escreve no dia 25 de Agosto de 1914 que os alemães são “os boches os canalhas os ladrões os assassinos os incendiários” (sem vírgulas, que a edição respeita a grafia original, incluindo nos erros, e reproduz os desenhos).

O teólogo viria mais tarde a viver na Alemanha. Neste país, o contacto com os luteranos seria muito importante para o futuro de teologia ecuménica, que, com Yves Congar, passa a ter como objectivo o alargamento da ideia de catolicidade (presente nas outras confissões), em vez de ser uma tentativa de fazer regressar os presumivelmente separados.

O livro é contextualizado por Stéphane Audoin-Rouzeau, um especialista na Grande Guerra, e comentado por Domenique Congar, sobrinho do teólogo, que pede aos numerosos amigos alemães do tio que compreendam o que está escrito.

O diário foi publicado em 1997, após a morte do teólogo.

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