Beatles, os católicos? É uma pergunta plausível, no dia da dita absolvição nas páginas do “L’Osservatore Romano” (ver aqui). Não sei se eram católicos. Penso que nenhum deles com convicção. Quanto a serem cristãos... quem poderá dizer quem é verdadeiramente cristão? Mais tarde, George Harrisson teria assomos místicos. My sweet Lord.
Mas em tempos li que “Let it be”, para muitos a mais bela canção do quarteto de Liverpool, era um cântico mariano. De facto, fala da “Mother Mary” que “vem ter comigo com palavras de sabedoria” (“When I find myself in times of trouble, / Mother Mary comes to me / Speaking words of wisdom: let it be”). E o que é que ela diz? “Let it be”, que, em latim, seria “fiat”, “faça-se”, “seja”.
E também se pode ver no “times of trouble” o “hora mortis nostrae”, o “agora e na hora da nossa morte” da Avé Maria. Só um católico se agarra tanto a Maria.
Por último, se “when the night is cloudy”, “there is still a light that shines on me”, não estaremos perante a antevisão da Jerusalém celeste já cá na terra? A certeza da salvação apesar de tudo? Será forçado? Provavelmente. Mas os McCartney, como muitos outros de Liverpool, tinham vindo da Irlanda católica. A mãe de Paul, Mary, era católica. Os temas católicos e cristãos não eram alheios aos “fab four”.
Na infância e em alguns momentos posteriores, a religiosidade dos Beatles poderia classificar-se assim, pelo que se diz:
John Lennon - anglicano
Paul McCartney - católico
George Harrison - católico e hindu
Ringo Starr - ?
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