Ou para convencer os estóicos sobre o valor do cristianismo ou para convencer os cristãos do valor do estoicismo, surgiram no séc. IV uma série de Cartas de Séneca para Paulo e de Paulo para Séneca. São conhecidas catorze, oito de Séneca e seis de Paulo.
As cartas são falsas, obviamente, mas servem-se da coincidência histórica dos períodos de vida de Séneca e Paulo e da estima que os primeiros cristãos nutriam pelos ensinamentos do estóico. Por outro lado, há um facto histórico que ajuda à festa: O procônsul Galião, que faz de árbitro entre Paulo e os judeus de Corinto (Act 18,12-17), era irmão de Séneca.
No tempo de Jerónimo (347-420), as cartas já eram conhecidas. E de que falam? São principalmente uma troca de cumprimentos e de elogios. Séneca louva o pensamento de Paulo. Numa delas diz que leu as cartas ao “augustus” e que este as apreciou. Paulo, por seu turno, louva o "mais dedicado dos mestres" e pede ao filósofo que cuide do estilo das cartas do imperador. Em versão de português do Brasil, podem ser lidas aqui (pdf).
Sem comentários:
Enviar um comentário