Alexandra Lucas Coelho justifica hoje no “Público” os usos que faz da palavra “deus”, ora com inicial minúscula ora com maiúscula. Um texto muito sugestivo. Continua na próxima sexta.
O leitor referido no início, que “protestou”, fui eu, embora não me pense como protestante.
Na crónica de 26 de Fevereiro, a jornalista escreveu contra a manifestação que foi contra o casamento homossexual e pela realização de um referendo sobre o assunto (Lisboa, 20 de Fevereiro). A essa manifestação associaram-se alguns neofascistas. No texto de Alexandra Lucas Coelho (que infelizmente já não conservo), surgem referências aos tais neofascistas (ou neonazis?), a Hitler e a “deus”, numa mistura que se prestava a várias confusões, nomeadamente por uma suposta colagem da maioria dos manifestantes – cristãos – aos ideias fascistas e mesmos nazis. Escrevi por isso à jornalista. Trocámos no total seis mensagens – três para cada lado. A minha primeira foi esta, fazendo eco, aliás, de ideias já expostas neste blogue:
Você cometeu um erro fatal. Invocou o nome de Hitler numa discussão que não é sobre Hitler. Como sabe, ou saberia se lesse o Rui Tavares no seu "Público", numa discussão que não seja sobre Hitler, o primeiro que invoca Hitler perde.
Para mais, escreve Deus com minúscula e Hitler com maiúscula. Não é propriamente original. A Fernanda Câncio e o Rui Tavares, pelo menos, também o fazem em relação a Deus, além de Saramago. Na URSS escreviam Deus com minúscula e KGB com três maiúsculas. Cada um lá saberá aquilo a que dá importância.
Ah! Hoje o “Público” faz 20 anos. E é dado. Isso mesmo. Grátis. Basta passar por um quiosque.
Acrescento no dia 10 de Março: O artigo que deu origem à minha reacção pode ser lido aqui.
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