segunda-feira, 8 de março de 2010

8 de Março de 1759. O parlamento francês revoga o privilégio da “Encyclopédie”

Primeira página de texto da "Encyclopédie"

No dia 8 de Março de 1759, o Parlamento francês revoga a licença de edição da “Encyclopédie ou Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers”. A seguir, também o Papa Clemente XII condena a obra, que ia então no sétimo volume (35 no total; 17 de artigos, 11 de estampas e mais alguns de suplementos e outras matérias), sob o pretexto de atentar contra o rei e a religião. D’Alembert, que vinha dirigindo a publicação com Diderot, abandona-a definitivamente.

Antes disso, a publicação da “Encyclopédie” já havia sido interrompida em 1752, por influência dos jesuítas. Por causa do artigo “Certitude” (“Certeza”), escrito pelo “abbé des Prades”, em que o papel da religião e de Jesus Cristo era secundarizado face à razão, os jesuítas conseguem que o Conselho de Estado ordene a interrupção da publicação e proíba a venda dos dois volumes já aparecidos. Graças ao censor oficial, retoma-se a publicação logo no ano seguinte.

Depois da proibição de 1759, a “Enciclopédia” continua a publicar-se clandestinamente, até que em 1762 os jesuítas são expulsos de França. Embora com alguns contratempos pelo meio, a publicação fica concluída em 1772.

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