quarta-feira, 17 de março de 2010

17 de Março de 1628. Nasce Daniel van Papenbroeck, destruidor de lendas

Daniel van Papenbroeck (ou Papebrochius, em latim, ou Papebroch, em inglês) nasceu no dia 17 de Março de 1628, em Antuérpia, e morreu no dia 28 de Junho de 1714. Colaborou com Jean Bolland na publicação da “Acta Sanctorum” (“Actos dos Santos”), série de volumes sobre a vida dos santos que procurou destrinçar a história do mito, da lenda e da fábula no que diz respeito vida dos santos.

A ideia da obra partiu do jesuíta Heribert Rosweyde, mas após a morte deste, em 1629, foi Jean Bolland (1596–1665) que organizou o grupo de investigadores que desenvolveu e concluiu a obra. "Acta Sanctorum" começou a ser publicada em 1643. Papenbroeck era um destes que ficaram na história como “bolandistas”.

Os bolandistas deram um contributo importante para a ciência (crítica documental e paleografia) ao examinarem criticamente documentos antigos, discernindo fontes e distinguindo dados históricos dos lendários.

Papenbroeck, enquanto investigava a vida dos santos, chegou a entrar em conflito com os beneditinos por ter considerado falsa a doação de Dagoberto I (629-639, dos merovíngios) tido como pai de santa Irmina (ou Irmine), quando, na realidade, o pai da santa era Dagoberto II (676-679). A falsidade de tal documento implicava a falsidade de outros que se seguiram. Na sequência, o beneditino Jean Mabillon escreve em 1681 uma obra intitulada “De re diplomatica”, que pretendia estabelecer as regras da autenticidade dos actos escritos, estudando aspectos como o suporte, a tinta, a língua, a pontuações e os selos, entre outros. “Diplomática”, vem nos dicionários, quer dizer, precisamente, “ciência auxiliar da história, que se ocupa dos documentos antigos, em especial dos diplomas”.

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