Daniel van Papenbroeck (ou Papebrochius, em latim, ou Papebroch, em inglês) nasceu no dia 17 de Março de 1628, em Antuérpia, e morreu no dia 28 de Junho de 1714. Colaborou com Jean Bolland na publicação da “Acta Sanctorum” (“Actos dos Santos”), série de volumes sobre a vida dos santos que procurou destrinçar a história do mito, da lenda e da fábula no que diz respeito vida dos santos.
A ideia da obra partiu do jesuíta Heribert Rosweyde, mas após a morte deste, em 1629, foi Jean Bolland (1596–1665) que organizou o grupo de investigadores que desenvolveu e concluiu a obra. "Acta Sanctorum" começou a ser publicada em 1643. Papenbroeck era um destes que ficaram na história como “bolandistas”.
Os bolandistas deram um contributo importante para a ciência (crítica documental e paleografia) ao examinarem criticamente documentos antigos, discernindo fontes e distinguindo dados históricos dos lendários.
Papenbroeck, enquanto investigava a vida dos santos, chegou a entrar em conflito com os beneditinos por ter considerado falsa a doação de Dagoberto I (629-639, dos merovíngios) tido como pai de santa Irmina (ou Irmine), quando, na realidade, o pai da santa era Dagoberto II (676-679). A falsidade de tal documento implicava a falsidade de outros que se seguiram. Na sequência, o beneditino Jean Mabillon escreve em 1681 uma obra intitulada “De re diplomatica”, que pretendia estabelecer as regras da autenticidade dos actos escritos, estudando aspectos como o suporte, a tinta, a língua, a pontuações e os selos, entre outros. “Diplomática”, vem nos dicionários, quer dizer, precisamente, “ciência auxiliar da história, que se ocupa dos documentos antigos, em especial dos diplomas”.
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