A história resume-se nisto: Ricardo de Malbis devia dinheiro ao judeu Aarão de Lincoln. Como não queria pagar, a pretexto de um incêndio em York incitou os populares a atacarem um agente de Araão e outros judeus. O líder da comunidade judaica pediu, por isso, refúgio para si e para mais judeus no Castelo de York, que nessa época era de madeira. A multidão cercou o castelo durante vários dias até que no dia 16 de Março de 1190 o castelo ardeu. Uns morreram com o fogo, outros mataram-se para não se entregarem à multidão enfurecida e os que se renderam foram massacrados, apesar da promessa de clemência. Terão morrido entre 150 e 500 judeus neste episódio.
No castelo actual, que é de construção posterior e está em ruínas, lê-se numa placa:
“Na noite de 16 de Março de 1190, sexta-feira, cerca de 150 judeus e judias de York, tendo pedido protecção ao Castelo Real contra a multidão atiçada por Richard Malebisse e outros, preferiram morrer às suas próprias mãos a renunciar à sua fé”.
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