Por estes dias tem sido notícia que o Irão promete cortar relações com o Museu Britânico, dado que este não empresta o Cilindro de Ciro, como tinha prometido. Políticas à parte – há tensões devido ao programa nuclear iraniano –, o Cilindro é um documento impressionante.
Descoberto em 1879 pelo arqueólogo Hormuzd Rassam, ao serviço do império britânico, o Cilindro, elaborado no séc. VI a.C., é considerado a primeira declaração de direitos humanos e corrobora o que se diz em Esdras 1,1-6; 6,1-5, Isaías 44,23; 45,8 ou 2 Crónicas 36,22-23 (relatos sob a forma de profecia e de declaração que referem a autorização de Ciro para os judeus regressarem à Palestina, o que aconteceu no ano 539 a.C., concedendo, inclusive, tesouros para a reconstrução de Jerusalém).
Ciro, o Grande, construiu o “primeiro império religioso e culturalmente tolerante do mundo” (li na "National Geographic"). Com Dario, sucessor de Ciro, o império integraria 23 nações, em paz, sob a égide de uma administração central sediada em Pasárgada [a terra do poema de Manuel Bandeira], do Mediterrâneo ao rio Indo. “Nesta versão, a Pérsia teria sido a primeira superpotência mundial!” (citação da NG, Outubro de 2008).
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